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Consumo de proteínas cai no Brasil, exceto pela carne de porco, revela pesquisa

Com o início da queda mais recente da inflação, já é possível observar uma retomada no consumo de carne de frango. Veja detalhes do levantamento

Proteínas mais baratas estão ganhando espaço para além das classes baixas
Proteínas mais baratas estão ganhando espaço para além das classes baixas - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 12/06/2023, às 19h47 - Atualizado às 19h52

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Uma pesquisa realizada pela plataforma online Kantar no primeiro trimestre deste ano revelou que o consumo de proteínas tem apresentado uma queda na mesa dos brasileiros, com exceção da carne de porco. O estudo, que contou com a participação de 3.800 pessoas, apontou que, devido à inflação, houve uma redução de 9% no consumo de proteínas nesse período, em comparação com uma queda de 6% no segmento de alimentos e bebidas.

A diretora do Painel de Uso da Kantar, Divisão Worldpanel, Aurelia Vicente, destacou que o consumo de proteínas, de modo geral, tem diminuído, com algumas categorias apresentando uma queda mais intensa, como a carne bovina. Segundo Vicente, desde o início do aumento da inflação, o consumo de proteínas vem diminuindo, uma tendência observada desde o ano passado.

No primeiro trimestre de 2021, a participação da carne bovina era de 43,1%, porém, atualmente está em 39%. Essa trajetória de queda já havia sido sinalizada no mesmo período de 2022, quando o consumo caiu para 40,5%. Por outro lado, a carne suína tem mostrado um aumento no consumo, passando de 4,6% entre janeiro e março de 2021 para 7,6% no mesmo período de 2022 e, neste ano, para 9,1%.

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Proteínas mais baratas estão ganhando espaço para além das classes baixas 

Aurelia Vicente ressaltou que até mesmo as proteínas mais baratas, como salsichas e linguiças, que tiveram destaque em 2022, perderam importância na mesa dos brasileiros em comparação ao primeiro trimestre do ano passado.

O consumo de linguiças caiu de 15,4% para 14,9%, e o de salsichas, de 4,8% para 3,8%. No curto prazo, o consumo de carne de aves também está se recuperando, com uma participação que passou de 25,9% para 28,6% no primeiro trimestre de 2023, após um aumento de preços em 2022.

Em relação aos peixes e frutos do mar, essas categorias apresentaram estabilidade nos três primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2022, com uma participação de 4,3%. No entanto, houve uma retração em relação a 2021, quando a participação era de 6%.

Aurelia apontou que, com o início da queda mais recente da inflação, já é possível observar uma retomada no consumo de carne de frango. Ela explicou que isso se deve à necessidade de equilíbrio financeiro dos consumidores, que desejam manter algum tipo de proteína em suas refeições e acabam optando por alimentos mais acessíveis.

Conforme a diretora da Kantar, as proteínas mais baratas, como salsichas e linguiças, estão ganhando espaço não apenas nas classes mais baixas, mas principalmente nelas, tornando-se a principal fonte de proteína.

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