Taxas de juros mais altas dificultam a recuperação da economia. As informações são extraídas das projeções de mercado apresentadas na publicação da Copom
O Banco Central (BC) manteve a taxa de juros no mesmo patamar do mês passado. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve por unanimidade a taxa básica da economia, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
O índice ainda está em seu nível mais alto desde janeiro de 2017, quando também era de 13,75% ao ano. Esta é a segunda vez consecutiva que o BC não altera as taxas, que permanecem nesse nível desde agosto. O Copom já havia elevado a taxa Selic 12 vezes seguidas, um ciclo que começou com preços mais altos de alimentos, energia e combustíveis.
A taxa foi elevada em 0,75 ponto porcentual em cada reunião do comitê de março a junho do ano passado. No início de agosto, o BC começou a elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual a cada reunião. A Selic subiu 1,5 ponto de outubro a fevereiro, com o aumento da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro.
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Taxas de juros mais altas tornam o crédito mais caro e diminuem a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia, porque tornam mais difícil pagar por coisas com dinheiro. Especialistas do Banco Central projetaram uma estimativa do Relatório de Inflação de 2,7% para a economia em 2022. No entanto, isso exigiria preços de bens e serviços mais altos do que os atuais.
O boletim Focus informa que a economia crescerá 2,76% neste ano. Essas informações são extraídas das projeções de mercado apresentadas na publicação. O Banco Central ajusta a taxa de juros como um amortecedor contra as pressões inflacionárias. Depósitos extras na Selic forçam juros mais baixos e tornam o crédito mais acessível. Isso incentiva os consumidores a pedir dinheiro emprestado e gastar. Uma vez que o Banco Central reajusta a taxa para baixo, ele desacelera a taxa de inflação.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
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