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Governo de São Paulo planeja utilizar IA na atualização do material escolar

Uso dessa tecnologia tem gerado debates, com alguns defendendo seu papel como ferramenta auxiliar e outros expressando preocupações com a substituição dos professores por IA

Conteúdo produzido pela Inteligência Artificial passará por revisões conduzidas pelos educadores
Conteúdo produzido pela Inteligência Artificial passará por revisões conduzidas pelos educadores - Freepik
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 17/04/2024, às 19h00

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O governo de São Paulo está planejando lançar um projeto-piloto que utilizará Inteligência Artificial, como a plataforma Chat GPT, para atualizar o material digital usado por professores dos últimos anos do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio.

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Conforme a Secretaria Estadual da Educação, as aulas elaboradas em 2023 pelos professores curriculistas já estão em uso, e o objetivo do projeto é aprimorar esse conteúdo com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos práticos e informações adicionais que enriqueçam as explicações dos conceitos-chave de cada aula.

O conteúdo produzido pela Inteligência Artificial passará por revisões conduzidas pelos educadores em duas etapas, seguidas por revisões de direitos autorais e intervenções de design. A secretaria destacou que o uso dessa tecnologia será avaliado em várias etapas para determinar sua eficácia e implementação.

O professor e pesquisador de educação e tecnologia Bernardo Soares, ao ser questionado pelo SP1, mencionou que a tecnologia pode ser uma ferramenta auxiliar valiosa para os professores, mas enfatizou que não deve substituir o papel central do professor no processo educacional.

Por outro lado, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) se posicionou contrária à decisão, considerando-a um escárnio sem precedentes. O sindicato argumentou que a substituição de professores por robôs guiados por inteligência artificial representa um grave ataque aos direitos dos estudantes e uma forma de precarização da educação.

A deputada estadual professora Bebel, ex-presidente da Apeoesp, tomou medidas legais ao ingressar com uma ação no Ministério Público contra o uso do Chat GPT nesse contexto.

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