Sindicato dos Metroviários sustenta que a greve é uma demonstração de oposição à privatização das linhas de metrô. Greve também surge como protesto contra a demissão de três funcionários.
A cidade de São Paulo enfrenta um potencial período de agitação, uma vez que os trabalhadores do metrô estão programados para decidir, em uma assembleia marcada para esta segunda-feira (14) às 18h, se irão aderir a uma greve a partir das 0h de terça-feira. O Sindicato dos Metroviários sustenta que a greve é uma demonstração de oposição à privatização das linhas de metrô e trem, em contrapartida, ao desejo de aprimorar os serviços para a população.
Se a escolha for pela interrupção, será determinado pela Justiça do Trabalho que eles devem garantir 70% dos serviços durante os horários de maior movimento (das 6h às 9h e das 16h às 19h), assim como 30% nos demais intervalos. Caso não cumpram, o Sindicato dos Metroviários enfrentará uma multa de R$ 100 mil.
A presidente do sindicato, Camila Lisboa, argumentou que os contratos de privatização não geram economia para o Estado, como anunciado pelo governo. Em vez disso, eles envolvem garantias de lucro por 30 anos e permitem a retirada de dinheiro das empresas públicas de transporte para beneficiar as companhias privadas.
O anúncio da possível greve coincide com a publicação de um edital que visa terceirizar os serviços de manutenção dos trens da Linha 15 - Prata (monotrilho) e com a notícia de que o grupo CCR planeja entrar na Justiça para reverter a decisão que cancelou o leilão de entrega dessa linha.
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Apesar da greve planejada, Camila Lisboa indicou que uma reunião entre o sindicato e a administração do metrô acontecerá para buscar um entendimento e evitar o cenário de paralisação. Ela expressou o desejo de que o edital seja retirado para preservar a natureza pública da Linha 15 - Prata.
Além disso, a greve também surge como protesto contra a demissão de três funcionários envolvidos em um acidente de colisão entre composições de trens da Linha 15 - Prata, ocorrido antes do início das operações comerciais. Os funcionários foram responsabilizados pelo incidente, embora o sindicato sustente que as constantes falhas na operação contribuem para os problemas.
Em nota, o sindicato disse que decidiu organizar um plebiscito para coletar a opinião da população sobre a privatização das empresas de transporte público, como parte de uma mobilização maior que também engloba a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
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