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Imagina no Brasil? Eleitores na Argentina precisam levar tesoura para votação

Argentinos foram às urnas no domingo (22) para eleger presidente, deputados, senadores, governadores e prefeitos. Cédulas eram folhetos de papel dobráveis com candidatos do partido

Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, surpreendeu ao liderar a disputa
Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, surpreendeu ao liderar a disputa - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 23/10/2023, às 21h13

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No 1º turno das eleições na Argentina, realizadas no domingo (22), os eleitores enfrentaram um desafio adicional, além da escolha de candidatos: a complexidade das cédulas. Cada eleitor recebeu cinco cédulas, cada uma liderada por um candidato presidencial diferente.

As cédulas eram folhetos de papel dobráveis que incluíam não apenas a indicação do candidato à presidência, mas também os concorrentes a outros cargos em disputa, todos pertencentes à mesma aliança política.

Os argentinos foram às urnas para eleger presidentes, deputados, senadores, governadores (em algumas províncias) e prefeitos (na cidade de Buenos Aires). Se um eleitor desejasse votar em todos os candidatos de uma única aliança, bastava dobrar a cédula escolhida, colocá-la em um envelope e inseri-la na urna.

No entanto, se o eleitor não quisesse votar em todos os candidatos de uma mesma aliança, a tarefa se tornava mais complicada. Eles precisavam recortar os nomes escolhidos de pilhas diferentes de cédulas, reunir tudo em um envelope e, finalmente, colocá-lo na urna.

Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, surpreendeu ao liderar a disputa

Para lidar com essa complexidade, alguns eleitores levaram tesouras para as mesas de votação. Ariel Palácios, colunista da GloboNews, explicou: "Você precisa levar uma tesoura, fazer cortes bem definidos, ou seu voto pode ser anulado. Em seguida, vá para outra pilha, pegue a outra cédula, corte na linha pontilhada... Isso é conhecido como 'corte de boleta'."

A complexidade do processo levantou preocupações sobre o aumento do número de votos anulados devido a erros nas cédulas. Isso poderia complicar ainda mais o cenário político do próximo governo. Historicamente, sem paciência, os argentinos costumam votar na mesma cédula, com os candidatos do mesmo partido, mas este ano o cenário foi diferente. 

No primeiro turno, Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, surpreendeu ao liderar a disputa, apesar de não ser o favorito. Massa enfrentará Javier Milei, um candidato populista que se autodenomina libertário, no segundo turno marcado para 19 de novembro. Com a apuração de 98,51% dos votos, Massa obteve 36,68% do total, enquanto Milei alcançou 29,98%.

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