Argentinos foram às urnas no domingo (22) para eleger presidente, deputados, senadores, governadores e prefeitos. Cédulas eram folhetos de papel dobráveis com candidatos do partido
No 1º turno das eleições na Argentina, realizadas no domingo (22), os eleitores enfrentaram um desafio adicional, além da escolha de candidatos: a complexidade das cédulas. Cada eleitor recebeu cinco cédulas, cada uma liderada por um candidato presidencial diferente.
As cédulas eram folhetos de papel dobráveis que incluíam não apenas a indicação do candidato à presidência, mas também os concorrentes a outros cargos em disputa, todos pertencentes à mesma aliança política.
Os argentinos foram às urnas para eleger presidentes, deputados, senadores, governadores (em algumas províncias) e prefeitos (na cidade de Buenos Aires). Se um eleitor desejasse votar em todos os candidatos de uma única aliança, bastava dobrar a cédula escolhida, colocá-la em um envelope e inseri-la na urna.
No entanto, se o eleitor não quisesse votar em todos os candidatos de uma mesma aliança, a tarefa se tornava mais complicada. Eles precisavam recortar os nomes escolhidos de pilhas diferentes de cédulas, reunir tudo em um envelope e, finalmente, colocá-lo na urna.
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Para lidar com essa complexidade, alguns eleitores levaram tesouras para as mesas de votação. Ariel Palácios, colunista da GloboNews, explicou: "Você precisa levar uma tesoura, fazer cortes bem definidos, ou seu voto pode ser anulado. Em seguida, vá para outra pilha, pegue a outra cédula, corte na linha pontilhada... Isso é conhecido como 'corte de boleta'."
A complexidade do processo levantou preocupações sobre o aumento do número de votos anulados devido a erros nas cédulas. Isso poderia complicar ainda mais o cenário político do próximo governo. Historicamente, sem paciência, os argentinos costumam votar na mesma cédula, com os candidatos do mesmo partido, mas este ano o cenário foi diferente.
No primeiro turno, Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, surpreendeu ao liderar a disputa, apesar de não ser o favorito. Massa enfrentará Javier Milei, um candidato populista que se autodenomina libertário, no segundo turno marcado para 19 de novembro. Com a apuração de 98,51% dos votos, Massa obteve 36,68% do total, enquanto Milei alcançou 29,98%.
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