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Inflação de agosto sobe abaixo da expectativa com ajuda dos preços dos alimentos

Dentre os dados da inflação de agosto, o grupo de habitação foi aquele que mais contribuiu para a alta dos preços. Leia mais sobre os dados do IPCA!

Inflação de agosto sobe abaixo da expectativa com ajuda dos preços dos alimentos
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 12/09/2023, às 10h34

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A inflação de agosto do Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 0,23% em agosto, abaixo do esperado pelo mercado, que esperava uma alta de 0,28%. 

O grupo habitação foi o que mais contribuiu para a alta dos preços, puxado pela energia elétrica. Os alimentos continuaram apresentando queda.

Embora tenha ficado abaixo da expectativa, essa taxa é 0,12% superior ao mês de julho. 

O IPCA também é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada uma deflação (queda de preços) de 0,36%. 

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxa de 3,23% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%, ainda dentro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 1,75% a 4,75%.

Inflação de agosto: habitação e energia elétrica puxam a inflação

O principal impacto na inflação de agosto veio do grupo habitação, que teve alta de 1,11% no mês, puxada principalmente pelo aumento do custo da energia elétrica de 4,59%. 

Segundo o pesquisador do IBGE André Almeida, o aumento da tarifa de energia elétrica foi provocado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, que havia tido saldo positivo em 2022. 

“[O saldo positivo de Itaipu] foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e não está mais presente em agosto”, afirma.

Também foram aplicados reajustes nas tarifas em Vitória (3,20%, a partir de 7 de agosto), Belém (9,40% a partir de 15 de agosto) e São Luís (10,43% a partir de 28 de agosto).

Saúde e transportes também têm alta

Além do grupo habitação, também tiveram impactos relevantes na taxa de inflação de agosto os grupos saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%). N

a saúde, as altas vieram dos produtos para pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%). Já nos transportes, a alta foi puxada pelos preços do automóvel novo (1,71%), da gasolina (1,24%) e do óleo diesel subiu 8,54%.

Alimentos continuam apresentando queda

Por outro lado, os alimentos continuaram apresentando queda (-0,85%), devido ao recuo de produtos como batata-inglesa (-12,92%), feijão-carioca (-8,27%), tomate (-7,91%), leite longa vida (-3,35%), frango em pedaços (-2,57%) e carnes (-1,90%).

Os demais grupos de despesa apresentaram as seguintes taxas: educação (0,69%), vestuário (0,54%), despesas pessoais (0,38%), artigos de residência (-0,04%) e comunicação (-0,09%).

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