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Inflação em alta: veja produtos que NÃO subiram de preço para consumo

O ano de 2021 terminou com a maior inflação em alta desde 2015: 10,1%. Nos últimos 12 meses, a inflação subiu 6,47%, reduzindo o poder de compra do trabalhador

Casal faz compra no mercado
Casal faz compra no mercado - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 13/11/2022, às 18h01

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Nos últimos cinco anos, a inflação no Brasil cresce de forma cada vez mais intensa. O ano de 2021 terminou com a maior inflação desde 2015, em 10,1%. Nos últimos 12 meses, a inflação em alta acumula 6,47%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 0,59% no mês passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA mede a variação de preços e serve como parâmetro para o cálculo da inflação, que, em linhas gerais, nada mais é do que o aumento dos preços de bens e serviços, que tem como consequência a queda do poder de compra. Até o primeiro trimestre deste ano, o real desvalorizou em mais de 30%.

Portanto, com o mesmo dinheiro, o brasileiro consegue comprar menos itens hoje. Segundo o IBGE, os grupos Alimentação e Bebidas, com alta de 0,72%, e Transportes, que ficaram 0,58% mais caros em outubro, foram os principais responsáveis pela elevação do IPCA. Entre os alimentos, a alta foi puxada pela alimentação no domicílio, que ficou 11,8% mais pesado para o bolso dos trabalhadores neste ano.

Sozinhos, de janeiro a setembro, alimentos e bebidas somam alta de 9,54%, o maior índice desde a implantação do Plano Real. Esses produtos são, justamente, os responsáveis por boa parte dos gastos mensais, principalmente de quem ganha menos. Lares com consumo elevado de leite sentiram ainda mais, pois o custo desse item alcançou elevação de 41,2%.

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Inflação em alta após eleições 2022

Com o objetivo de buscar a reeeição, Bolsonaro controlou a inflação antes das eleições, segurando o preço do combustível nas refinarias da Petrobras e retirando dinheiro da saúde, educação e segurança dos Estados ao reduzir o ICMS, o que reduziu o valor da gasolina. Porém, após três meses de deflação, nos meses de julho, agosto e setembro, a inflação voltou a subir no Brasil em outubro.

Com os custos elevados, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo nacional, que é de R$ 1.212,00, deveria ser de R$ 6.458,86. O cálculo leva em conta o valor da cesta básica, que ficou mais cara em 12 das 17 capitais monitoradas pelo instituto no mês passado.

Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, de acordo com o Dieese. As capitais com aumento mais acentuado foram: Campo Grande (14,39%); Goiânia (13,15%); Porto Alegre (12,58%); Brasília (12,47%); e Curitiba (10,80%). A alta dos produtos e alimentos fez com que o brasileiro precisasse trabalhar mais horas para comprar os mesmos itens.

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Alimentos mais caros e mais baratos

As maiores influência na alta da inflação em outubro vieram do aumento do preço da batata-inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%). O IBGE também registrou preço mais elevado na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%). Em contrapartida, alguns produtos ficaram mais baratos. Entre eles:

  • leite longa vida: -6,32%
  • óleo de soja: -2,85%
  • lanche fora de casa: -0,30%
  • gasolina: -1,56%
  • óleo diesel: -2,19%
  • gás veicular: -1,21%
  • transporte por aplicativo: -3,13%

Em 2022, as 10 princiPais altas acumuladas são em alimentos foram:

  • Cebola: 78,92%
  • Limão: 68,85%
  • Melão: 51,21%
  • Pepino: 50,93%
  • Batata-inglesa: 48,07%
  • Maçã: 42,13%
  • Leite longa vida: 41,21%
  • Alimento infantil: 38,19%
  • Banana-d’água: 36,26%
  • Morango: 36,20%

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