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Inflação em setembro: alta nos preços dos combustíveis impulsiona taxa; confira

A inflação medida pelo IPCA registrou 0,26% em setembro, com destaque para a alta de 2,80% da gasolina. Veja os detalhes e impactos nos setores de alimentos e transporte

Inflação em setembro: alta nos preços dos combustíveis impulsiona taxa; confira
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 11/10/2023, às 10h01

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um aumento de 0,26% em setembro, superando em 0,03 ponto percentual a taxa registrada em agosto, que foi de 0,23%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela alta de 2,80% nos preços da gasolina, sendo esse o subitem com a maior contribuição individual, acrescentando 0,14 ponto ao índice.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, alcançou 5,19%, ultrapassando os 4,61% observados no mesmo período do ano anterior. Em setembro de 2022, a variação havia sido de -0,29%.

Os dados revelados sobre a inflação ficaram abaixo das projeções de mercado, que estimavam um aumento de 0,32% na comparação anual, e uma taxa anual de 5,25%.

André Almeida, gerente do IPCA, ressalta que "a gasolina é o subitem que possui maior peso no IPCA. Com essa alta, acaba contribuindo de maneira importante para o resultado do mês de setembro".

Inflação: alimentos mantém queda persistente

No que diz respeito às quedas de preço, o grupo Alimentação e Bebidas merece destaque, com quatro meses consecutivos de redução (-0,71% e -0,15 ponto percentual). Esse declínio é principalmente atribuído à diminuição nos preços da alimentação no domicílio (-1,02%).

Nota-se os expressivos decréscimos nos valores da batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Por outro lado, arroz (3,20%) e tomate (2,89%) apresentaram aumento nos preços.

Quanto à alimentação fora do domicílio, houve uma desaceleração em relação ao mês anterior, passando de 0,22% para 0,12%. As altas nas refeições (0,13%) e nos lanches (0,09%) foram menos intensas do que as registradas em agosto, que foram de 0,18% e 0,30%, respectivamente.

Transportes: impacto nos combustíveis

O grupo de Transportes apresentou um aumento de 1,40%, sendo fortemente influenciado pelo incremento nos preços da gasolina (2,80%), que contribuiu com 0,14 ponto percentual ao índice do mês. O item de combustíveis também teve um crescimento significativo, atingindo 2,70%, acompanhado pelo óleo diesel (10,11%) e o gás veicular (0,66%), enquanto o preço do etanol caiu 0,62%.

No que se refere às passagens aéreas, houve um aumento de 13,47% em setembro, após uma queda de 11,69% em agosto. A alta nas passagens de ônibus intermunicipais (0,42%) é resultado de um reajuste de 12,90% aplicado em Salvador (2,62%), a partir de 10 de agosto.

Esses são os principais destaques referentes à inflação em setembro, com o impacto significativo dos preços dos combustíveis e a persistente queda nos preços dos alimentos.

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