Brasileiros têm cortado gastos e contratado empréstimo para driblar inflação no país; veja itens que mais pesaram no bolso dos trabalhadores
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 08/08/2022, às 14h54
A constante alta da inflação tem afetado cada vez mais as famílias no país. Um exemplo disso é que, com o orçamento bastante apertado, um em cada quatro brasileiros não conseguem pagar as contas do fim do mês, segundo informações da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa.
Além de não conseguir pagar as contas, os habitantes do país têm reduzido os gastos com lazer, roupas e viagens. Segundo o levantamento, manter as contas em dia está cada vez mais difícil. Só para se ter uma idéia, 68% dos brasileiros não têm conseguido guardar dinheiro e apenas 20% conseguem poupar.
Mesmo com o cenário não tão otimista dos últimos meses, 56% dos entrevistados afirmaram acreditar que a situação econômica pessoal pode melhorar um pouco ou muito melhor até dezembro de 2022.
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A pesquisa também mostra que 64% tiveram que cortar gastos desde o início do ano e o percentual de 20% pegaram empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses.
Especificamente, 34% dos entrevistados atrasaram o pagamento de suas contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar seu plano de saúde e 16% tiveram que vender para pagar dívidas.
Outros hábitos são afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros deixaram de comer fora, 43% reduziram os gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alimentos.
Dos que cortaram gastos, 61% acreditam que suas finanças pessoais vão melhorar nos próximos meses. No entanto, o otimismo não se refletirá em maior consumo. Apenas 14% da população pretende aumentar os gastos até o final do ano.
Alguns itens conseguiram pesar mais no bolso dos entrevistados no período dos últimos seis meses. Confira:
A alta dos preços fez com que a população brasileira passasse a pechinchar na hora da compra. De acordo com o levantamento, 68% dos entrevistados afirmaram ter tentado negociar um preço menor na hora de realizar alguma compra este ano. Já 51% realizou compra parcelada no cartão de crédito e 31% admitiram “comprar fiado”. Menos de 15% dos brasileiros recorrem ao cheque especial, crédito consignado e empréstimos com outras pessoas.
A pesquisa foi encomendada pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, trata-se do segundo levantamento realizado no ano tendo como foco a situação econômica e os hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.
*Com informações da Agência Brasil
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