O manifesto em defesa da democracia exalta a força do país e enfatiza a importância das instituições, principalmente o judiciário e a da Justiça Eleitoral
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 05/08/2022, às 18h17
O manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça está ganhando cada vez mais adeptos. Em um texto publicado nesta sexta-feira (5) em jornais de circulação nacional, 107 entidades assinaram o documento, que foi articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O manifesto exalta a força do governo brasileiro e enfatiza a importância das instituições, especialmente o judiciário e a da Justiça Eleitoral. "“Nossa democracia tem dado provas seguidas de robustez", enfatizou a carta. O texto acrescenta que, em menos de quatro anos, o Brasil enfrentou crises econômicas profundas, “como períodos de recessão e hiperinflação, além de crises políticas, superando essas mazelas pela força de nossas instituições”.
O manifesto rejeita a retórica de discursos que avançam contra valores, que não são mencionados explicitamente. "Elas foram sólidas o suficiente para garantir a execução de governos diferentes espectros políticos. Sem se abalarem com litanias dos que ultrapassam os limites razoáveis das críticas construtivas", destaca o manifesto.
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Entre os signatários estão entidades empresariais, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), organizações não governamentais (Anistia Internacional; Instituto Vladimir Herzog), centrais sindicais (Central Única dos Trabalhadores; Força Sindical), além da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e universidades (USP; Unicamp; Unesp; PUC).
Essas entidades enfatizam o papel da Constituição Federal como espinha dorsal da democracia. “Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvamos, confiantes na vontade superior da democracia”, sublinhando o texto que volta a alertar que estes valores estão sob ataque.
A carta ocorre em meio ao ataque do presidente Jair Bolsonaro aos sistemas eleitorais e às urnas eletrônicas, que ele afirma, sem fornecer provas, não serem confiáveis. Em reunião com embaixadores em julho, Bolsonaro disse que o governo tentaria encontrar uma saída para as eleições deste ano. A ideia é "corrigir falhas".
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