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Mercedes-Benz anuncia 3,6 mil demissões e trabalhadores entram em greve

Instalada no Brasil há mais de 65 anos, a Mercedes-Benz vai demitir 3,6 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista. Entenda motivo da decisão

Vários caminhões da Mercedez-Benz
Vários caminhões da Mercedez-Benz - Divulgação/Agência Brasil
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 09/09/2022, às 19h15

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Instalada no Brasil há mais de 65 anos, a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, anunciou a demissão de 3,6 mil funcionários por conta da reestruturação pela qual pretende passar. Diante dessa decisão, os trabalhadores entraram em greve.

A montadora alemã tem cerca de 10,4 mil empregados na unidade de SBC e a reestruturação vai afetar 2,2 mil trabalhadores diretos e 1,4 mil temporários. A produção foi paralisada após assembleia realizada na tarde de ontem (8) e deve ser retomada na segunda-feira.

O direito de greve está garantido no artigo 9º da Constituição Federal, que prevê: "é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender". Já o exercício desse direito está regulamentado na Lei nº 7.783/89.

Segundo o sindicato, haverá reunião na terça-feira (13), com a empresa, para iniciar negociações. Em nota, a Mercedes-Benz destacou que “as discussões que impactam diretamente nossos colaboradores serão objeto de ampla negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC”.

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Reestruturação da Mercedez-Benz

Segundo a empresa, a reestrturação é necessária porque a fábrica vai terceirizar alguns processos de produção. A decisão foi tomada com o objetivo de focar na fabricação de “caminhões e chassis de ônibus e no desenvolvimento de tecnologias e serviços do futuro”.

"Vamos deixar de produzir internamente alguns componentes e deixar de exercer atividades que podem ser realizadas por outras empresas parceiras" contratadas, ressaltou em nota. Entre os serviços que serão eliminados da fábrica de São Bernardo estão:

  • logística;
  • manutenção;
  • fabricação e montagem de eixos dianteiro;
  • fabricação e montagem de transmissão média; ferramentaria; e
  • laboratórios.

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A montadora destaca ainda que a preferência é pela contratação de empresas “na região do Grande ABC, em compromisso com a nossa comunidade local”. A empresa diz ainda que a cadeia de novos fornecedores deve gerar grande volume de negócios.

*com informação da Agência Brasil

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