A Anvisa aprovou o Mounjaro, novo tratamento contra diabetes tipo 2, que apresentou resultados promissores. Conheça como ele funciona e seus possíveis efeitos colaterais
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (25) a aprovação do Mounjaro, da Eli Lilly, como um novo tratamento para o diabetes tipo 2. Esse medicamento, baseado na tirzepatida, já está disponível nos Estados Unidos e na Europa, apresentando eficácia comparável ao Ozempic, da Novo Nordisk.
Os estudos de base para a aprovação demonstraram que o Mounjaro superou o Ozempic em termos de controle da glicemia e redução de peso. Assim como seu "primo-irmão", o Mounjaro é administrado por meio de injeções semanais.
Inicialmente, a tirzepatida é indicada para o tratamento do diabetes, mas pesquisas também estão avaliando sua eficácia em outras condições, como obesidade, apneia do sono, esteatose hepática, doença renal crônica e insuficiência cardíaca.
O Mounjaro atua ativando receptores celulares associados a dois hormônios digestivos: GIP (sigla para polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon). Esses receptores influenciam diversos processos do organismo.
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Primeiramente, estimulam a liberação de insulina, hormônio crucial para a absorção do açúcar no sangue e sua transformação em energia. Indivíduos com diabetes enfrentam desafios na produção ou ação da insulina, levando ao acúmulo de açúcar no sangue e complicações à saúde.
Ao aprimorar a liberação de insulina após as refeições, o Mounjaro facilita o controle dos níveis de açúcar na circulação.
Além disso, os receptores de GIP e GLP-1 também são encontrados em células cerebrais responsáveis pelo controle do apetite. Com isso, o medicamento auxilia na regulação da ingestão alimentar, o que pode resultar na perda de peso.
Apesar da aprovação específica para diabetes tipo 2, devido à observação de perda de peso nos estudos, o Mounjaro pode eventualmente ser utilizado off label, ou seja, fora das indicações de bula, como uma opção para controle de peso.
Médicos relatam que os efeitos colaterais tendem a ser leves a moderados, com sintomas predominantemente no sistema gastrointestinal, como náuseas, vômitos e diarreia.
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