Operação prende servidores da PRF com estoques de produtos eletrônicos

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF) se uniram em uma ação conjunta que resultou na 'Operação Spoliare', destinada a desmantelar uma rede de desvio de produtos eletrônicos que teria envolvido policiais rodoviários federais no Paraná. A operação, que cumpriu 54 mandados de busca e apreensão emitidos pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do estado, desvendou um esquema curioso.

Os estoques apreendidos incluíam uma variedade de produtos, como 84 celulares, 3 veículos, 2 laptops, 1 HD, 15 MacBooks, 2 iPads, além de uma mala contendo amostras de medicamentos, somando um valor total significativo. Um montante de R$ 434 mil em espécie também foi apreendido.

A ação também resultou na prisão de quatro policiais rodoviários federais, com dois deles detidos em flagrante. Segundo as investigações, esses agentes estariam envolvidos na revenda de produtos eletrônicos apreendidos durante operações rotineiras da PRF através de plataformas de comércio eletrônico. A PRF repudiou tais ações, destacando que não compactua com quaisquer desvios de conduta e que considera intolerável qualquer ato que vá contra seus valores institucionais.

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Suspeitos, se condenados, podem responder por crimes contra a administração pública

As cidades paranaenses onde foram realizados os mandados da operação são cortadas pela BR-277, uma das principais rotas utilizadas por contrabandistas para o transporte de mercadorias do Paraguai para outras regiões do Brasil. No posto da PRF em Santa Terezinha de Itaipu, documentos foram apreendidos, juntamente com um veículo que suspeita-se ter sido adquirido com recursos do esquema ilícito.

Os dois agentes presos em flagrante enfrentam acusações de porte de granadas e munições de fuzil. Um dos policiais também foi autuado por crime de contrabando. Uma pessoa alvo de mandado de prisão ainda é considerada foragida. Além disso, 11 mandados de afastamento da função pública foram cumpridos durante a operação.

As investigações tiveram início na Corregedoria da PRF, que identificou o esquema de desvio. O caso evoluiu para a Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público, resultando em uma ação efetiva contra as práticas ilícitas.

Os suspeitos, se condenados, podem responder por crimes contra a administração pública, sujeitos a penas que ultrapassam 30 anos de prisão. A operação conjunta PRF-PF representa um esforço determinado para assegurar a integridade das instituições e combater a corrupção de maneira vigorosa.

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Jornalista em Multimeios. Repórter responsável por produzir matérias na editoria Sociedade no JC Concursos. Foi trainee de Jornalismo de Saúde do Estadão, estagiário no G1 Petrolina na TV Grande Rio e na Redação Virtual.