A PEC dos Auxílios dobra valor do Vale Gás, cria benefício para caminhoneiros e taxistas e amplia Auxílio Brasil. Para Lula, essa seria uma manobra eleitoral de Bolsonaro para conseguir votos
MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR
Publicado em 10/07/2022, às 15h16
Ontem, 9 de julho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atual candidato melhor colocado nas pesquisas de intenções de voto das eleições 2022 para ocupar novamente a presidência da República, afirmou que a PEC dos Auxílios é manobra eleitoral de Bolsonaro, que "acha que vai comprar" o povo com "um programa para seis meses".
A declaração foi dada durante ato da pré-campanha, na cidade de Diadema, no ABCD Paulista. A PEC dos Auxílios, como é chamada a proposta de emenda à constituição de Bolsonaro, prevê subir o Auxílio Brasil para R$ 600, dobrar o Vale Gás e cria benefício de R$ 1 mil para caminhoneiros e taxistas. O impacto financeiro da medida seria de R$ 41,25 bilhões, acima do teto de gastos permitidos.
Lula não criticou os benefícios, mas a jogada que visaria conseguir mais votos para a sua reeleição. "Por que esse fascista pensa que o povo vai ser tratado como se fosse ignorante ou gado? Ele acha que vai comprar dando um programa para seis meses. Se o dinheiro cair na conta de vocês, peguem e comprem o que comer. E na hora de votar deem uma banana neles e votem para a gente mudar a história desse país", ressaltou o petista.
+São Paulo ganha novo hospital veterinário público; Veja quem pode ser atendido
LEIA TAMBÉM
Para dar ar de legalidade ao gasto extra, um estado de emergência deve ser decretado no país até 31 de dezembro de 2022. Logo, o pacote de bondade valeria apenas por, no máximo, seis meses. Bolsonaro sempre foi crítico dos programa sociais de transferência de renda concedidos à população no governo de Lula e Dilma e queria valor menor para o Auxílio Emergencial e o Auxílio Brasil lá atrás.
Agora, às vesperas das eleições, muda a postura e toma providências consideradas populistas. Além de Lula, a presidente do PT, Gleise Hoffmann, classifica a conduta do atual presidente como de "emergência eleitoral", pois "se tivessem preocupação com o povo já teriam tomado medidas antes", conforme publicou o UOL.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, considera a PEC dos Auxílios um oportunismo eleitoral. Porém, apesar de criticar a ação de Bolsonaro, a oposição aprovou a proposta no Senado e o plenário da Câmara dos Deputados vai votar a matéria na próxima terça-feira (12).
+Aposentados: 6 dos 10 melhores países para viver estão na América Latina; Veja lista
Mesmo com a PEC dos Auxílios, o atual presidente continua em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Levantamento divulgado na última quarta-feira (6) pelo PoderData mostram que Lula (PT) tem 44% das intenções de votos no 1º turno, enquanto o candidato à reeleição pelo Partido Liberal aparece com 36%.
Lula também leva a melhor na simulação de um possível 2º turno, desbancando o ex-capitão do Exército com 50% contra 38%. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 5 de julho, mediante entrevista por telefone com 3 mil cidadãos de 317 cidades nos 26 estados e no Distrito Federal. O percentual de confiança é de 95%.
Ao analisar a região e o perfil dos eleitores, Lula tem maior apoio:
Bolsonaro, por sua vez, tem desempenho melhor no Norte (56%; Lula tem 36%). Nas demais regiões, os dois têm empate técnico. O atual chefe da nação se destaca mais entre as pessoas que ganham 5 ou mais salários.
+++Acompanhe as principais notícias sobre Sociedade no JC Concursos.
Siga o JC Concursos no Google NewsSociedadeBrasilMais de 5 mil cidades no Brasil!
+ Mais Lidas
JC Concursos - Jornal dos Concursos. Imparcial, independente, completo.