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Petroleiros culpam Bolsonaro por aumento dos combustíveis: “Preço aumentou 203%”

Entidade que representa os petroleiros, a FUP, aponta que Bolsonaro não tenta combater alta dos combustíveis

Petroleiros culpam Bolsonaro por aumento dos combustíveis: “Preço aumentou 203%”
Agência Brasil

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 20/06/2022, às 15h14

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Os preços dos combustíveis estão nas alturas. Infelizmente essa é uma realidade para o brasileiro. Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos principais responsáveis pela crise dos combustíveis mais caros. A entidade relata que Bolsonaro sequer cogitou alterar a política de preços por paridade (PPI) com o mercado internacional, que foi aplicado durante o governo Temer. 

Em virtude de mais um aumento nos preços dos combustíveis, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou, a pedido da FUP, um estudo sobre a evolução dos preços durante o governo Bolsonaro. Os dados são preocupantes.

Entre janeiro de 2019 e junho de 2022, o diesel subiu 203%, a gasolina avançou 169%, enquanto que o preço do gás de cozinha cresceu 119%. Enquanto que o salário mínimo subiu apenas 21,4%.

"O novo aumento do diesel e da gasolina, anunciado na mesma semana em que é aprovado no Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar (PLP 18), que reduz o ICMS sobre combustíveis, é mais um descaso do governo federal com o trabalhador brasileiro, a maior vítima da disparada dos preços dos derivados e descontrole da inflação", afirmou em nota o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ao portal UOL.

Barcelar ainda reclama da postura do presidente ao dizer que ele adota um discurso eleitoreiro contra o reajuste nos preços, mas não faz nenhum esforço para alterar a política de preços da Petrobras. "Há quatro meses das eleições, Bolsonaro se diz contrário às altas dos derivados, as quais deveria ter combatido desde o início de seu governo", ressalta.

Política de preços da Petrobras

A política de preços da estatal foi instituída em outubro de 2016 pelo então presidente da República Michel Temer. Ela é conhecida como PPI (preço de paridade de importação), em que os preços praticados no mercado internacional também devem ser aplicados no Brasil.

O governo federal junto com o Congresso Nacional articularam medidas para reduzir os preços dos combustíveis com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Ainda que o tributo seja estadual, a União irá cobrir os eventuais prejuízos dos estados. Com a aprovação, a tributação será reduzida de 25% para 17% sobre os combustíveis, sobretudo o diesel.

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