Twitter anuncia medida conhecida no mercado financeiro como “pílula do veneno” nesta sexta-feira (15) para barrar possibilidade de Musk comandar empresa
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 15/04/2022, às 21h00
O Twitter anunciou uma medida nesta sexta-feira (15) para barrar a compra de Elon Musk. O bilionário, fundador da Tesla e da SpaceX, ofereceu ontem (14) US$ 43 bilhões, o equivalente a aproximadamente R$ 201,98 bilhões de reais para comprar a rede social e transformá-la em uma plataforma que possa garantir a “liberdade de expressão”.
No entanto, o Twitter vai utilizar a “pílula do veneno” contra o homem mais rico do planeta. Com a medida, a aquisição de Musk se torna ainda mais difícil e dificulta uma maior participação de um acionista sem a necessidade de aprovação do conselho, além de ativar uma opção na qual permite o acesso de outros investidores a mais ações com desconto.
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Com a medida, aumentaria o preço que o biolhário teria que pagar para assumir o controle total da empresa. Neste caso, ela só será ativada caso Musk consiga adquirir mais do que 15% das ações sem a autorização do conselho.
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No momento, o magnata dono da montadora de carros elétricos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX, só tem apenas um pouco mais de 9% das ações do Twitter.
Para a agência AFP, a empresa explicou que esse plano "reduzirá a probabilidade de qualquer entidade, pessoa ou grupo obter o controle do Twitter por meio da acumulação de mercado aberto sem pagar a todos os acionistas um prêmio de controle adequado ou dar ao conselho de administração tempo suficiente para tomar decisões informadas”.
A rede social quer mostrar que não vai se render à proposta do empresário para tornar a empresa em um modelo de capital fechado.
Em entrevista à AFP, o analista da Wedbush diz que “é uma tática defensiva que era previsível", e não será vista de forma positiva pelos acionistas, por conta do risco de uma diluição das ações.
Além de afirmar que o plano será combatido na justiça, porque o conselho tem a obrigação de sempre tomar decisões levando em consideração o interesse da empresa em aumentar o valor de venda para os acionistas.
Em entrevista ao jornal Daily Mail, publicada ontem, o analista Dan Ives chegou a afirmar que “o conselho não gosta de Musk porque discorda dele em quase tudo e seu estilo é incompatível com a cultura corporativa".
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