Relatório destaca que a redução foi observada em todas as regiões do país. Sem a existência dos programas sociais, a proporção de pobres no país em 2022 teria sido maior
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (6) a Síntese de Indicadores Sociais 2023, apresentando dados positivos sobre a redução da pobreza e extrema pobreza no Brasil. Conforme o relatório, o percentual de pessoas em situação de pobreza diminuiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022, enquanto a proporção de pessoas em extrema pobreza caiu de 9% para 5,9% no mesmo período.
Em números absolutos, a queda representa 10,2 milhões de pessoas a menos vivendo em condições de pobreza, totalizando 67,8 milhões em 2022, e 6,5 milhões a menos em extrema pobreza, com um total de 12,7 milhões nessa situação.
O relatório destaca que a redução foi observada em todas as regiões do país, especialmente no Norte e no Nordeste, com recuos de 5,9 e 5,8 pontos percentuais em extrema pobreza, respectivamente, e 7,2 e 6,2 pontos percentuais em pobreza.
A análise por faixa etária revelou que, em 2022, 49,1% das pessoas com até 14 anos eram consideradas pobres, enquanto 10% estavam em situação de extrema pobreza. Já na população com 60 anos ou mais, 14,8% eram pobres e 2,3% extremamente pobres.
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Outro dado destacado foi a disparidade entre as pessoas de cor ou raça preta, ou parda e branca. Em 2022, 40% das pessoas de cor ou raça preta, ou parda eram consideradas pobres, representando o dobro da taxa da população branca, que foi de 21%.
O relatório também abordou a importância dos programas sociais no rendimento domiciliar das pessoas em situação de extrema pobreza. Em 2022, esses programas contribuíram com 67% do rendimento, enquanto a renda do trabalho representou apenas 27,4% para esse grupo.
A pesquisa ainda ressaltou que, sem a existência dos programas sociais, a proporção de pobres no país em 2022 teria sido 12% maior, passando de 31,6% para 35,4%. Da mesma forma, a extrema pobreza teria sido 80% maior, aumentando de 5,9% para 10,6% da população.
Além disso, a ausência hipotética desses programas sociais teria elevado o índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, em 5,5%, indicando um impacto significativo na redução da desigualdade social no país. O índice de Gini teria passado dos atuais 0,518 para 0,548.
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