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Preço da cesta básica: confira em quais cidades houve alta dos alimentos em janeiro

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em janeiro, o preço da cesta básica subiu em 11 das 17 capitais analisadas

Mulher faz compras em supermercado
Mulher faz compras em supermercado - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 07/02/2023, às 22h58

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Segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em janeiro, o preço da cesta básica subiu em 11 das 17 capitais analisadas. Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os maiores percentuais de alta foram registrados em cidades do Nordeste e as reduções mais importantes ocorreram em municípios do sul.

No nordeste, encabeça o ranking das que ficaram mais caras a cidade de Recife (7,61%), seguida por João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%). Já as quedas mais acentuadas foram registradas em Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e Florianópolis (-1,11%).

Entre os alimentos que subiram de preço estão:

  • o arroz agulhinha aumentou em todas as cidades, com variações entre 0,92%, em Vitória, e 9,61%, em Florianópolis;
  • o quilo do feijão subiu em todas as capitais. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo, apresentou taxas que variaram entre 2,51%, em Fortaleza, e 22,70%, em Belém;
  • o preço da batata subiu em quase todas as cidades da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. A oferta diminuiu por causa das chuvas. As altas mais expressivas foram registradas em Curitiba (24,03%), Campo Grande (21,36%), Belo Horizonte (20,63%) e Brasília (19,58%);
  • o valor da farinha de mandioca, pesquisada no Norte e Nordeste, aumentou em todas as capitais, exceto em Salvador (-1,66%). As maiores elevações foram registradas em João Pessoa (9,52%), Belém (6,44%) e Aracaju (5,55%);
  • o tomate aumentou em 10 das 17 capitais, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, com taxas expressivas nas cidades do Nordeste: Recife (64,40%), Natal (50,64%), João Pessoa (49,70%), Aracaju (48,28%), Fortaleza (27,90%) e Salvador (23,32%).

Com base na cesta mais cara, levando em consideração que a Constituição Federal estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.641,58 em janeiro, o que corresponde a cinco vezes mais do que o valor vigente, que é de R$ 1.302.

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Capital com o maior preço da cesta básica

Assim como ocorreu em dezembro, São Paulo continua aparecendo na pesquisa do Dieese como a capital onde o conjunto de alimentos básicos apresenta o maior custo. Na capital paulista, o custo médio da cesta básica em janeiro era de R$ 790,57.

Em janeiro de 2023, o trabalhador de São Paulo, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.302,00, precisou trabalhar 133 horas e 35 minutos para adquirir a cesta básica. Em dezembro de 2002, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, o tempo de trabalho
necessário foi de 143 horas e 38 minutos, e, em janeiro do ano passado, de 129 horas e 35 minutos.

Depois da capital paulista, apareceram com maior custo as cestas básicas do Rio de Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33). Já a cesta mais barata era a de Aracaju, onde o custo médio correspondia a R$ 555,28 em janeiro.

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