Segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica aumentou em 12 das 17 capitais pesquisadas
Segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica aumentou em 12 das 17 capitais nas quais o instituto realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Criada em 1959, a PNCBA analisa regularmente o custo de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais.
Uma norma federal define que a cesta deve ser composta por, pelo menos, 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante todo o mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. De acordo com os hábitos alimentares locais, alguns itens mudam de região para região.
Mais uma vez, São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo em novembro, chegando a R$ 782,68, segundo o Dieese. As outras quatro capitais mais careiras nesse sentido são: Porto Alegre (R$ 781,52), Florianópolis (R$ 776,14), Rio de Janeiro (R$ 749,25) e Campo Grande (R$ 738,53).
Tendo por base a cesta mais cara, na terra da garoa, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.575,30. Essa quantia é 5,43 vezes superior ao valor do piso básico nacional atualmente, que é de R$ 1.212,00.
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Porém, algumas cidades do Nordeste apresentaram redução do custo para adquirir os alimentos. São elas:
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Em média, o trabalhador que ganha o salário mínimo teve que comprometer cerca de 60% dos seus rendimentos para se alimentar em novembro. Também precisou trabalhar mais para levar comida à mesa.
"Em novembro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 02 minutos, maior do que o registrado em outubro, de 119 horas e 37 minutos. Em novembro de 2021, a jornada necessária era de 119 horas e 58 minutos", informou o Dieese em nota.
Confira na tabela abaixo o custo da cesta básica em cada uma das capitais analisadas, a variação mensal do valor de compra, a porcentagem gasta do salário com alimentação, bem como as horas necessárias para adquirir os produtos:
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Nos últimos 12 meses, o valor médio do leite acumulou alta em todas as cidades, com taxas entre 24,42%, em Belém, e 43,25%, em Recife. Já a batata aumentou em nove das 10 cidades onde é pesquisada, com elevação mais expressiva em Belo Horizonte (16,75%), Florianópolis (13,97%), São Paulo (13,13%) e Porto Alegre (11,92%).
O valor do café também subiu em todas as capitais nos últimos 12 meses, com destaque para Recife (51,07%) e São Paulo (40,13%). No mesmo período, todas as capitais registraram elevações no custo do feijão carioquinha, com altas mais expressivas em Goiânia (27,46%) e Fortaleza (21,47%).
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