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Produção industrial em março sobe, mas ainda sofre com inflação e juros; Entenda o motivo

A produção industrial ensaia uma tendência de alta, mas o desempenho fraco de janeiro derruba o primeiro trimestre de 2022

Trabalhador na indústria
Trabalhador na indústria - Divulgação

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 03/05/2022, às 10h27

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O setor da indústria é uma das principais fontes de emprego no Brasil, apesar de ter diminuído a sua participação nos últimos anos. Assim, o seu desempenho pode indicar uma melhora na perspectiva da economia brasileira. Diante disso, a produção industrial cresceu 0,3% em março.

Apesar do número parecer pequeno, ele indica que esta é a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia crescido 0,7% em fevereiro. Este levantamento foi realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta terça-feira (03). 

Ao analisar o acumulado de 12 meses, a indústria brasileira subiu 1,8%. Embora este desempenho revele uma leve recuperação, ao comparar com março do ano passado, houve quedas de 2,1%. No trimestre, os números ainda são preocupantes, pois ele caiu 4,5%. 

O pesquisador do IBGE, André Macedo, destaca que as altas de fevereiro e março não tiveram o desempenho suficiente para reparar as perdas de janeiro, que caíram 2%. Macedo ainda explica que a recuperação da indústria brasileira foi prejudicada pelo mercado internacional, principalmente por causa da Guerra na Ucrânia e crise de covid-19 na China, e demanda doméstica, que sofre com a inflação alta. 

Com isso, as indústrias também sentem um aumento do custo de produção e uma escassez de algumas matérias-primas. O pesquisador ainda ressalta que a inflação diminuiu a renda do brasileiro e os juros altos encarecem o crédito, que dificulta os investimentos de crescimento. 

Produção industrial: Confira os números com mais detalhes

Na passagem de fevereiro para março, a indústria cresceu em 14 das 26 atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (6,9%), outros produtos químicos (7,8%), bebidas (6,4%) e máquinas e equipamentos (4,9%).

Entre os 12 ramos que tiveram queda na produção, os principais recuos foram vistos em produtos alimentícios (-1,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,4%).

Ao analisar as quatro grandes categorias da indústria, três tiveram alta de fevereiro para março: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (8%), bens de consumo duráveis (2,5%) e bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo (0,6%).

Os bens de consumo semi e não duráveis foram a única grande categoria em queda no período (-3,3%).

*com informações do IBGE

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