Ao cobrar um posicionamento da presidência do IBGE sobre as condições de trabalho, os recenseadores ameaçam deflagrar greve nacional; saiba mais
Os recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) ameaçam deflagrar greve nacional, caso o Instituto não se posicione sobre a precarização das condições de trabalho aos contratados para a realização do Censo Demográfico 2022. A informação é do Portal Nacional da Educação.
De acordo com o portal, o principal motivo para a possível paralisação é a falta de pronunciamento do presidente do IBGE, Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto, sobre as condições de trabalho dos contratados temporariamente.
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Durante três semanas de coleta de dados, cerca de 43 milhões de pessoas responderam ao questionário do censo de 2022 do IBGE e mais de 19 milhões de domicílios foram entrevistados em todo o país. Segundo o instituto, a população da comunidade quilombola será recenseada a partir deste censo.
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Os recenseadores contratados estão afirmando que uma das dificuldades é a coleta de informações dessa comunidades, além de outras questões, como:
Também ao site, um recenseador que não quis se identificar, afirmou que criou grupos no WhatsApp para coletar informações dos recenseadores de todo o país, além de confeccionar uma carta cobrando posicionamento sobre o assunto. Procurada pela reportagem do Portal Pne, o IBGE não se manifestou sobre o caso.
"Nós a união dos recenseadores do brasil, grupo pacifico, independente e de livre iniciativa, gostaríamos de comunicar ao instituto brasileiro de geografia e estatística sobre as lesões aos direitos dos recenseadores.
Inicialmente, gostaríamos de pontuar os frequentes e costumeiros atrasos em relação aos pagamentos da categoria. Diversos recenseadores têm nos relatado que não receberam a ajuda de custo relacionado ao treinamento, tão pouco a ajuda de custo relacionada ao deslocamento para executar o recenseamento. Essa falta de regularidade nos pagamentos está comprometendo a execução do serviço, onde uma grande parcela da categoria necessita deslocar-se através do transporte coletivo, local e ou regional.
Não obstante, as desencontradas informações têm gerado insegurança e ansiedade para toda a categoria. Tratando-se de repercussão geral, chegou ao conhecimento dos recenseadores, que só poderíamos encerrar o trabalho no setor censitário se tivermos aplicados questionários a 95% de todo o setor. A categoria é unânime em solicitar a reconsideração deste critério, tendo em vista que a informação não nos foi passada em treinamento e também não consta no manual do recenseador.
Somos remunerados por produção, logo nosso interesse seria fazer “110%” do setor censitário; paradoxalmente encontramos, nos debatemos com diversas situações onde o cidadão é taxativo em afirmar que não vai prestar as informações ao ibge, não nos dando outra escolha.
Outrossim, gostaríamos que v.sª, analisasse a concessão de um valor de ajuda de custo que seja superior ao transporte coletivo, exercemos atividade penosa, estamos expostos na rua onde muitas vezes temos a necessidade de comprar uma água ou fazer um lanche para postergarmos o trabalho de coleta.
Face ao exposto, que temos orgulho em integrar uma das fundações mais respeitadas do país. o censo é fundamental para alimentar a base de dados da administração pública, e desta forma os entes federativos poderão gerir os recursos públicos da melhor maneira possível. Certo de sermos atendidos, gostaríamos de agradecer antecipadamente vossos esforços."
*Com informações do Portal Nacional da Educação
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