Senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, defendeu nesta segunda (19) piso da enfermagem e auxílio de R$ 600 fora do teto
O piso da enfermagem suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o Auxílio Brasil de R$ 600 para 2023 têm sido os temas que têm mobilizado parlamentares no sentido de achar uma solução para garantir o pagamento de ambos.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, defendeu nesta segunda-feira (19) que as medidas fiquem fora do teto de gastos — dispositivo que limita as despesas do governo tendo como base inflação do ano anterior.
Neste caso em específico, já que a previsão dos gastos para o próximo ano já foi enviada em agosto pelo Congresso Nacional, a garantia do Auxílio e do reajuste da categoria da saúde extrapola o teto.
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No entendimento de Castro, não há espaço no Orçamento para o pagamento do auxílio de R$ 600. Para garantir esse valor em 2023, o Congresso pode aprovar uma PEC para que possa ser garantido o valor adicional de R$ 200. Essa mesma PEC também poderia incluir o piso da enfermagem.
Ainda segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, o valor médio do Auxílio Brasil está estimado em R$ 405. Sobre o assunto, o relator-geral acrescenta que "não há espaço orçamentário para isso. Então o que é que eu disse: não há outra maneira de cumprir essa promessa a não ser excepcionalizando o teto de gastos. Para fazer essa excepcionalização, nós precisamos apresentar uma emenda constitucional".
Durante reunião remota de líderes do Senado, que aconteceu nesta segunda-feira (19) sendo convocada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, foi discutida a possibilidade do orçamento secreto garantir o pagamento do piso da categoria.
O encontro acontece depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a lei que instituiu o reajuste para os profissionais da saúde. A ideia de usar este recurso também tem sido apoiada por líderes do governo federal.
Também em pauta estiveram os temas: remanejamento de recursos orçamentários não utilizados, reedição de um programa de repatriação de recursos, proposta para a atualização patrimonial e projeto que possa garantir ajuda direta às Santas Casas. Todas essas medidas poderiam atender os pagamentos para os servidores do setor público e privado, além da desoneração da folha de pagamento.
Pacheco ainda irá se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para discutir as propostas antes que elas sejam encaminhadas ao STF.
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