É possível ser bombeiro sem prestas concurso público. Isso porque existe a profissão de bombeiro civil, reconhecida por lei desde 2009. Saiba quais são as atribuições
É possível ser bombeiro sem prestas concurso público. Porém, não o bombeiro militar e sim o civil, que atua em empresas privadas. Porém, a profissão, que já existe na prática e é reconhecida por lei desde 2009, precisa de regulamentação. Bombeiros civis, convidados pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, solicitaram a regulamentação da profissão.
A necessidade do bombeiro civil nas equipes de emergência é reconhecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Jorge Alexandre Alves, coordenador da comissão da ABNT encarregada de regulamentar o assunto, explicou que há diferenças entre brigadistas e bombeiros civis. Os brigadistas são voluntários, ou seja, desempenham outras funções, mas são capacitados para auxiliar em situações de emergência.
"Equipes de emergência são compostas por brigadistas e bombeiros civis. O brigadista, dentro da normatização, é aquele que pertence a uma instituição ou empresa e recebeu treinamento para atendimento eventual em emergências. Ele não recebe remuneração para ser brigadista. Já o bombeiro civil é um profissional dedicado exclusivamente ao atendimento de emergências, incluindo prevenção", explicou Alves.
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Fabrício Nogueira, bombeiro civil e conselheiro consultivo da Frente Parlamentar Prevencionista, destacou que a regulamentação seria essencial para estabelecer uma padronização na quantidade mínima de estudos necessários para a formação do bombeiro civil, garantindo uma melhor qualificação dos profissionais. Enquanto no Rio de Janeiro são exigidas apenas 80 horas de curso, em Santa Catarina é seguida a recomendação da ABNT, de no mínimo 330 horas.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) informou que um grupo de trabalho da Câmara deve elaborar, até o final de junho, uma proposta de regulamentação a ser encaminhada ao Ministério do Trabalho, definindo as competências e atribuições dos bombeiros civis. Para ela, a regulamentação deve ser realizada com urgência.
"Não queremos pensar em alterações na legislação, pois isso envolve um processo demorado. Temos pressa em regulamentar a profissão de bombeiro civil", afirmou Kokay. Wesley Batista, também do conselho consultivo da Frente Parlamentar Prevencionista, ressaltou que, com a regulamentação, os bombeiros civis passariam a ser fiscalizados pelo Ministério do Trabalho, e não mais pelo Corpo de Bombeiros, como ocorre atualmente.
"Sem bombeiros civis, não haveria necessidade de extintores, hidrantes ou qualquer outro equipamento. Quem seria responsável pela operação? Brigadistas são voluntários e não têm a obrigação de fazer nada. Em uma emergência, eles podem simplesmente abandonar o prédio", enfatizou Batista.
Felipe Sousa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Bombeiros Profissionais do Distrito Federal, afirmou que a profissão já existe e, portanto, não pode mais ser ignorada. A Câmara dos Deputados, inclusive, tem contratado bombeiros civis para atuarem na prevenção e combate às situações de emergência.
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Segundo Jackson Azara, representante do Ministério do Trabalho, as principais atribuições do bombeiro civil são a prevenção e o combate a incêndios, o atendimento de emergências e a prestação de primeiros socorros em estabelecimentos públicos e privados. Azara ressaltou a importância da regulamentação da profissão para garantir a obrigatoriedade de um certificado para a atuação desses profissionais.
Saiba mais sobre as funções dessa profissão, que não depende de concurso público:
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