O salário mínimo deveria ser, pelo menos, 5 vezes maior do que o atual. O cálculo leva em conta o valor da cesta básica, que ficou mais cara em 12 das 17 capitais monitoradas pelo Dieese em outubro
O salário mínimo nacional, que é de R$ 1.212,00, deveria ser de R$ 6.458,86 para a manutenção de uma família de quatro pessoas, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgados nesta segunda-feira (7). Portanto, o trabalhador precisaria ganhar 5,33 vezes mais para viver de forma digna.
O cálculo leva em conta o valor da cesta básica, que ficou mais cara em 12 das 17 capitais monitoradas pelo instituto em outubro. Além disso, considera a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente não só para suprir as despesas com alimentação, mas também com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
"Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em outubro de 2022, 58,78% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos", ressalta o Dieese em nota.
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Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, de acordo com o Dieese. As capitais com aumento mais acentuado foram:
A capital gaúcha figura no topo do ranking do mês de outubro como a cidade mais cara para fazer mercado. Lá, a cesta básica custou R$ 768,82. São Paulo (R$ 762,20), Florianópolis (R$ 753,82), Rio de Janeiro (R$ 736,28) e Campo Grande (R$ 733,65) fecham o top 5 de locais onde a alimentação pesou mais no bolso.
A alta dos produtos e alimentos fez com que o brasileiro precisasse trabalhar mais horas para comprar os mesmos itens. Em outubro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 119 horas e 37 minutos, maior do que o registrado em setembro, de 118 horas e 14 minutos.
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De setembro para outubro, entre os itens que ficaram mais caros estão: tomate (13,83%), batata (11,48%), banana (8,87%), farinha de trigo (1,59%), manteiga (0,98%) e pão francês (0,52%). O leite, que acumula alta de até 71,83% nos últimos 12 meses, apresentou queda no preço de -4,03%.
Outros produtos encontrados mais em conta foram o óleo de soja (-3,68%), feijão carioquinha (-2,80%), café em pó (-1,67%), arroz agulhinha (-1,52%), carne bovina de primeira (-1,51%) e açúcar refinado (-0,24%).
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