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Salário mínimo ideal para suprir custo de vida seria de R$ 6.458,86, afirma Dieese

O salário mínimo deveria ser, pelo menos, 5 vezes maior do que o atual. O cálculo leva em conta o valor da cesta básica, que ficou mais cara em 12 das 17 capitais monitoradas pelo Dieese em outubro

Homem retira notas de dinheiro no bolso da calça
Homem retira notas de dinheiro no bolso da calça - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 07/11/2022, às 17h58

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O salário mínimo nacional, que é de R$ 1.212,00, deveria ser de R$ 6.458,86 para a manutenção de uma família de quatro pessoas, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgados nesta segunda-feira (7). Portanto, o trabalhador precisaria ganhar 5,33 vezes mais para viver de forma digna.

O cálculo leva em conta o valor da cesta básica, que ficou mais cara em 12 das 17 capitais monitoradas pelo instituto em outubro. Além disso, considera a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente não só para suprir as despesas com alimentação, mas também com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

"Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em outubro de 2022, 58,78% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos", ressalta o Dieese em nota.

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Salário mínimo x cesta básica

Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, de acordo com o Dieese. As capitais com aumento mais acentuado foram:

  • Campo Grande (14,39%);
  • Goiânia (13,15%);
  • Porto Alegre (12,58%);
  • Brasília (12,47%); e
  • Curitiba (10,80%).

A capital gaúcha figura no topo do ranking do mês de outubro como a cidade mais cara para fazer mercado. Lá, a cesta básica custou R$ 768,82. São Paulo (R$ 762,20), Florianópolis (R$ 753,82), Rio de Janeiro (R$ 736,28) e Campo Grande (R$ 733,65) fecham o top 5 de locais onde a alimentação pesou mais no bolso.

A alta dos produtos e alimentos fez com que o brasileiro precisasse trabalhar mais horas para comprar os mesmos itens. Em outubro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 119 horas e 37 minutos, maior do que o registrado em setembro, de 118 horas e 14 minutos.

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De setembro para outubro, entre os itens que ficaram mais caros estão: tomate (13,83%), batata (11,48%), banana (8,87%), farinha de trigo (1,59%), manteiga (0,98%) e pão francês (0,52%). O leite, que acumula alta de até 71,83% nos últimos 12 meses, apresentou queda no preço de -4,03%.

Outros produtos encontrados mais em conta foram o óleo de soja (-3,68%), feijão carioquinha (-2,80%), café em pó (-1,67%), arroz agulhinha (-1,52%), carne bovina de primeira (-1,51%) e açúcar refinado (-0,24%).

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