Com apenas seis dias de 2023, sete casos de agressões a jornalistas foram registrados. Os ataques partiram de grupos bolsonaristas que organizam ações antidemocráticas pelo país
Desde o fim do segundo turno das eleições de 2022, o estado de São Paulo registrou pelo menos 10 ataques ou agressões a jornalistas. O estado lidera o ranking nacional do levantamento feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e colabora com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Segundo a investigação, os ataques partiram de grupos bolsonaristas que organizam ações antidemocráticas desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência da república, principalmente em frente aos quartéis militares.
Nesta sexta-feira (6), pelo segundo dia consecutivo, jornalistas foram agredidos na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, durante a cobertura do desmonte dos acampamentos de bolsonaristas que fazem atos antidemocráticos em frente ao QG do exército. Um jornalista do jornal ‘O Tempo’ foi insultado, levou socos, chutes, e um cinegrafista teve o equipamento danificado por manifestantes.
Um repórter da TV Band Minas teve o celular furtado durante a confusão. Na quinta-feira (5), um fotógrafo do jornal Hoje em Dia foi agredido fisicamente por manifestantes. A Polícia Civil informou em nota que abriu inquérito policial para apurar os fatos e ouviu nesta sexta o depoimento da vítima.
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Entre 30 de outubro e 6 de janeiro, a Abraji contabilizou 77 casos de violência ou agressão a membros da imprensa. Só nos últimos seis dias, foram sete casos. São Paulo encabeça a lista, seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, cada um com sete casos.
Em São Paulo, o último caso ocorreu no interior de Ribeirão Preto. Segundo a Fenaj, um fotógrafo do jornal Tribuna de Ribeirão foi intimidado por bolsonaristas ao noticiar um grupo de pessoas reunidas em frente a uma área de serviço militar na cidade. Os presentes que pediram intervenção militar ameaçaram sabotar o equipamento do profissional.
Em nota, a Abraji disse discordar veementemente de 77 episódios e expressou sua solidariedade aos jornalistas agredidos, seus familiares e funcionários. A associação pede que os “casos sejam apurados, e os autores dos ataques, responsabilizados. Porque a impunidade é um combustível potente para a escalada da violência”.
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