Os servidores do Banco Central pedem um reajuste salarial para reparar as perdas inflacionárias nos últimos cinco anos e uma reestruturação na carreira dos trabalhadores
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 04/05/2022, às 11h04
Os servidores do Banco Central (BC) já retomaram a greve após uma trégua para a divulgação de diversos dados econômicos, como a balança comercial, fluxo cambial e Boletim Focus. Para reforçar a pressão sobre o órgão, o Sinal (Sindicato Nacional dos Servidores do BC) marcou um protesto para ser realizado hoje (04) durante a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para divulgar um possível aumento da Selic.
De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, o protesto será realizado das 17h até 19h em frente a sede do Banco Central.
Tradicionalmente, o Copom divulga as suas decisões a partir das 18h30. Apesar do protesto dos servidores, os dirigentes afirmaram que isso não deverá interferir no anúncio da atualização da taxa básica de juros.
Em entrevista ao site Infomoney, Faiad comentou que espera uma adesão de 50% do funcionalismo do BC nas paralisações. Ele ainda destaca que os trabalhadores deram um “voto de confiança” ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, com a suspensão recente da greve.
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Nos últimos dias, foram publicados diversos relatórios e estatísticas atrasados como o boletim Focus (pesquisa semanal com instituições financeiras), o Relatório de Poupança e o fluxo cambial.
Mas, alguns dados não foram divulgados, como os relatórios de crédito (que revela os juros médios das operações de crédito) e do setor externo (balanço das transações do Brasil com o exterior) relativos a fevereiro.
Além dos dados econômicos, o início da segunda fase de consultas e de saques de valores esquecidos, que ocorreria na segunda-feira (2), foi adiado sem ter uma data determinada para a sua implementação.
Entretanto, como as reivindicações não foram atendidas, a categoria optou pelo retorno da paralisação.
Os servidores do Banco Central pedem a reposição das perdas inflacionárias nos últimos anos, que segundo os cálculos do Sinal podem chegar a 27%. Além disso, eles também pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC.
Desde o início do ano, os funcionários do BC, assim como de outros órgãos federais, trabalham em esquema de operação-padrão porque o Orçamento de 2022 destinou R$ 1,7 bilhão para reajuste a forças federais de segurança. Em 1º de abril, a categoria decidiu entrar em greve.
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