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Servidores públicos federais terão reajuste salarial abaixo da inflação. Entenda

Inicialmente, aumento era previsto para carreiras policiais apenas. Porém, às vesperas das eleições 2022, Bolsonaro, candidato à reeleição, preferiu conceder o reajuste salarial a todos os servidores da União

Reajuste salarial: Bolsonaro conversa com Paulo Guedes, ministro da economia
Reajuste salarial: Bolsonaro conversa com Paulo Guedes, ministro da economia - Divulgação

MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR
Publicado em 13/04/2022, às 21h15 - Atualizado às 21h34

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Segundo fontes do governo federal, o presidente Jair Bolsonaro vai anunciar em breve o reajuste salarial de 5% para todos os servidores públicos federais. O percentual, porém, não suprirá nem mesmo a inflação, projetada para terminar o ano de 2022 em 7%, segundo o Banco Central (BC). Na última sexta-feira (8), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação subiu 1,62% em março e atingiu 11,30% no acúmulo dos últimos 12 meses. Os 5% passa longe da reivindicação de algumas classes. Em greve desde o começo de abril, servidores do BC pedem recomposição salarial de 26%.

Inicialmente, a ideia era contemplar apenas profissionais das seguintes carreiras:

  • policiais federais;
  • policiais rodoviários federais;
  • agentes penitenciários;
  • servidores da Receita Federal; e
  • agentes do Banco Central.

Porém, às vesperas das eleições 2022, o presidente Bolsonaro, candidato à reeleição, preferiu conceder o reajuste salarial, ainda que inexpressivo, a todos os servidores da União. A decisão foi confirmada pela equipe econômica e pelo Palácio do Planalto, segundo publicou a Folha de S.Paulo. A medida pode ser vista como populista, assim como a ampliação do valor do Auxílio Brasil para R$ 400 para todo o ano de 2022, a concessão do Vale Gás, sanção do Auxílio Gasolina, entre outros programas de transferência de renda.

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Como os 5% ficam abaixo da inflação, não há impedimento na lei eleitoral. Porém, é preciso colocar a iniciativa em prática até o pagamento de julho, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) só permite que o aumento da remuneração seja feito até, no máximo, 180 dias do término do mandato. Contudo, isso implicaria em custo extra de R$ 5,8 bilhões com folha de pagamento em 2022 - valor muito superior aos R$ 1,7 bilhões que o governo federal tem reservado para essas questões do funcionalismo, o que deve forçar cortes em outras áreas. Em 2023, o reajuste salarial representará R$ 11,6 bilhões extras aos cofres públicos. 

75% dos brasileiros culpam Bolsonaro por alta da inflação

Um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, divulgado no final de março, revelou que 75% dos entrevistados culpam o governo de Jair Bolsonaro (PL) pela alta da inflação no país. Foram ouvidas 2.556 pessoas em 181 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

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Segundo o levantamento, 36% dos entrevistados, afirmam uma maior responsabilidade e 39% atribuem um pouco de responsabilidade. Já a pesquisa realizada anteriormente, apontava para 34%, os outros 22% não atribuem ao governo nenhuma responsabilidade, em comparação aos 23% anteriormente.

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