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TCU atesta segurança das urnas eletrônicas; militares insistem nos riscos do equipamento

As urnas eletrônicas são seguras, diz TCU. Militares só começaram a questionar o sistema de votação eletrônica durante o governo de Bolsonaro; confira

Militares buscam motivos para descredibilizar urnas eletrônicas
Militares buscam motivos para descredibilizar urnas eletrônicas - Agência Brasil

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 14/07/2022, às 17h51

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Em mais um teste realizado por entidades fiscalizadoras, as urnas eletrônicas foram atestadas como seguras para as Eleições 2022. O Tribunal de Contas da União (TCU) que o sistema eletrônico é seguro e não apresenta riscos relevantes para realização do pleito no dia 02 de outubro. O relatório aprovado está relacionado à terceira etapa da auditoria realizada pelo TCU no sistema de votação.

De acordo com o documento apresentado na quarta-feira (13) pelo TCU, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possui um cronograma para aprovação de projetos de defesa cibernética e há planos de contingências para evitar a interrupção do sistema em caso de incidentes. O relator da auditoria, ministro Bruno Dantas, elogiou os testes de segurança realizados pelo TSE e a criação da Comissão de Transparência das Eleições (CTE), grupo criado para receber sugestões de melhorias no processo eleitoral.

"Percebo que o TSE tem se esmerado em aperfeiçoar a segurança interna do processo eleitoral, ainda que o sucesso do pleito também demande articulação com outras instituições e com a sociedade", declarou. A investigação avaliou a gestão de riscos para proteção do processo eleitoral e capacidade de evitar a interrupção da normalidade das eleições contra falhas graves.

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Militares buscam motivos para descredibilizar urnas eletrônicas

O ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, disse que os militares consideram "essenciais" três das 15 propostas que as Forças Armadas submeteram à Comissão de Transparência das Eleições, do TSE. De acordo com informações obtidas pelo Ministério da Defesa e pelo TSE por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), os militares só começaram a questionar o sistema de votação eletrônica durante o governo de Jair Bolsonaro no final de 2021.

As informações da Defesa foram apresentadas à Folha em duas respostas via LAI. Em um dos casos, a reportagem da Folha de SP pediu "todos os questionamentos" das Forças Armadas ao TSE sobre as eleições desde 1996, ano de lançamento das urnas eletrônicas.

"Não foram encontrados 'questionamentos' feitos por este ministério ao TSE antes de 2021/2022, versando sobre o sistema eleitoral", respondeu a pasta.

As Forças Armadas, patrocinadas pela própria Justiça Eleitoral, entraram no debate sobre as urnas eletrônicas para dar munição a Bolsonaro, o que facilitou ataques ao processo eleitoral. Desde o ano passado, os militares fizeram 88 questionamentos sobre o sistema de votação, além de propostas para mudar as regras eleitorais. As Forças Armadas alegaram que, antes disso, não questionaram o processo eleitoral e não estavam preparadas para realizar um estudo sobre a segurança das urnas.

Cenário que parece permanecer, pois em relatórios do TSE, técnicos e especialistas apontaram erros de cálculos e confusões de conceitos na análise dos militares. O tribunal também afirma que não há "sala secreta" para contar votos, argumento que o presidente Bolsonaro costuma usar sem provas.

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