Ex-presidente Lula participou de uma entrevista para uma rádio paulistana e comentou sobre Auxílio Brasil, Educação e Teto de Gastos
Nesta terça-feira (25), o candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, caso eleito, ele vai conversar com o Congresso Nacional para manter o Auxílio Brasil com valor de R$ 600 a partir de janeiro de 2023.
A PEC dos Benefícios Sociais (Proposta de Emenda a Constituição) prevê o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil até o dia 31 de dezembro de 2022. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 o valor do programa social volta para R$ 405 a partir do ano que vem.
“Se nós ganharmos as eleições, vamos ter de começar a conversar com o Congresso já, para que a gente possa colocar o dinheiro necessário para cumprir aquilo que está previsto. Você não pode mudar repentinamente, você não pode deixar as pessoas órfãs de pai e mãe no começo de ano”, afirmou Lula em entrevista à Rádio Nova Brasil FM.
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Apesar disso, o petista defendeu um programa semelhante ao antigo Bolsa Família, em que há condicionantes para que as pessoas recebam o dinheiro.
“O Bolsa Família tem condicionalidade. Ou seja, as pessoas para receberem o Bolsa Família tem a obrigatoriedade de manter os filhos na escola, de dar vacina nas crianças. Se for uma mulher que seja gestante, tem obrigação de fazer todos os exames”, explica o ex-presidente.
Lula também disse que planeja fazer mudanças no orçamento para aumentar os recursos destinados à educação. “A gente tem que fazer um esforço muito grande, inclusive remanejamento de verba dentro do orçamento, para que a gente não deixe a educação de fora”, enfatizou.
De acordo com o Lula, o gasto com social e educação deve ser encarado como investimento prioritário para o Brasil. “Para que esse país se transforme em um país altamente competitivo, exportador de inteligência, para que a gente possa ter a segurança de que vamos competir em produtividade e qualidade com qualquer país do mundo”, acrescentou.
O ex-presidente se posicionou contra o teto de gastos, que teve uma emenda à Constituição aprovada em 2016 que estabelece limite para as despesas do governo federal. “Sou contra o teto de gastos, porque quando você fez o teto de gastos você estava pressionado pelo sistema financeiro, que queria receber aquilo que o Estado lhe devia”, declarou.
Ele ainda complementa a sua opinião de que é preciso ter flexibilidade no controle dos gastos para permitir investimentos que tragam retorno ao país. “A responsabilidade fiscal está dentro da concepção de governo que tenho. A gente não pode gastar mais do que arrecada. Mas a gente pode contrair uma dívida se for construir um ativo novo, alguma coisa que signifique aumentar a produtividade do país, o escoamento de produção, a qualidade daquilo que produzimos”, defendeu.
*com informações da Agência Brasil
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