A ministra Miriam Belchior autorizou 4.500 postos – a previsão inicial era de 4.400 ofertas para todo o Brasil. Os primeiros editais terão vagas para agente de pesquisa por telefone, supervisor de pesquisa e agente de pesquisa e mapeamento
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, deu o aval para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contratar até 4.500 profissionais temporários. O órgão já aguardava a autorização, porém, estavam previstas 4.400 vagas, ou seja, 100 a menos que a liberada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
A portaria que confere ao instituto o direito de renovar o seu quadro de pesquisadores foi publicada no Diário Oficial da União de 8 de julho. Com este trâmite concluído, o IBGE só precisa finalizar os editais e redefinir o cronograma dos processos seletivos simplificados.
Realizar contratações por tempo determinado, para períodos de até dois anos, é tradição do órgão quando o objetivo são as pesquisas econômicas e sociodemográficas que acontecem em todo o país. E por serem temporários, além de indispensáveis para traçar o retrato atual do Brasil, os cargos precisam ser repostos.
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Configurada a necessidade de novos colaboradores, o instituto tratou de adiantar-se com os preparativos das futuras seleções. No dia 10 de junho, promoveu uma licitação (pregão eletrônico do tipo menor preço) no portal de compras do Governo Federal, o ComprasNet, que garantiu à Consulplan o direito de organizar os processos seletivos. A escolha da empresa antes mesmo de as oportunidades serem autorizadas foi a prova de que o IBGE estava otimista quanto à decisão da ministra e decidido a não perder tempo para lançar os editais.
Para que as possíveis empresas organizadoras das seleções apresentassem as suas propostas no ComprasNet, o órgão elaborou várias regras. De acordo com o texto do pregão eletrônico, haverá dois processos seletivos para preencher 4.400 funções. As outras 100 vagas liberadas pela ministra Miriam Belchior são de agente de coleta regional, que exige nível superior, e não constam no regulamento. O JC&E entrou em contato com a assessoria de imprensa do instituto para saber em que ocasião os postos de agente de coleta serão ofertados, mas até o fechamento desta edição não obteve informações. Já a Consulplan disse que firmou contrato apenas para organizar as seleções que somam 4.400 oportunidades e que não estava sabendo do conteúdo da autorização assinada pela ministra.
Conforme especifica o texto do pregão eletrônico, o primeiro edital terá vagas somente para o Rio de Janeiro: 132 de agente de pesquisa por telefone (nível médio) e 18 de supervisor de pesquisa (nível superior nas áreas geral e específicas – estatística, engenharia química ou tecnologia de informação e comunicação). As 4.250 ofertas restantes contemplarão o cargo de agente de pesquisa e mapeamento (nível médio) e estarão disponíveis em todos os Estados e no Distrito Federal.
Segundo o regulamento, o edital com oportunidades no Rio de Janeiro seria divulgado entre 15 e 18 de julho, as inscrições poderiam ser feitas de 8 a 21 de agosto e os candidatos realizariam os exames em 25 de setembro. No caso do processo seletivo destinado a todo o país, a publicação do edital ocorreria entre 21 e 22 de julho, o período de inscrições iria de 22 de agosto a 4 de setembro e as provas seriam aplicadas em 23 de outubro. Essas datas, quando foram anunciadas, já estavam sujeitas a alterações, pois dependiam do aval do Planejamento e era possível que a organizadora não conseguisse seguir o cronograma. Foi o que aconteceu: a Consulplan revelou que os editais ainda estão sendo elaborados e a assessoria do IBGE informou que o lançamento do primeiro documento está previsto para o fim deste mês.
Detalhes da seleções – As 4.400 vagas serão distribuídas entre os Estados de São Paulo (559), Rio de Janeiro (487), Minas Gerais (353), Bahia (285), Rio Grande do Sul (256), Paraná (250), Ceará (231), Pernambuco (224), Goiás (167), Espírito Santo (159), Santa Catarina (143), Pará (123), Alagoas (117), Amazonas (106), Maranhão (106), Mato Grosso do Sul (106), Mato Grosso (103), Paraíba (86), Rio Grande do Norte (78), Piauí (66), Rondônia (59), Sergipe (59), Acre (48), Roraima (43), Tocantins (41) e Amapá (38), além do Distrito Federal (107).
Os processos seletivos simplificados constarão de um teste objetivo com 60 questões de múltipla escolha – os concorrentes serão submetidos à prova no período da tarde.
A organizadora das seleções cobrará taxas de participação nos valores de R$ 20 para as funções de agente e de R$ 100 para supervisor. Os profissionais inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) que forem membros de família de baixa renda poderão solicitar a isenção total ou parcial da taxa.
Os agentes receberão um salário de R$ 803,25 ao mês e os supervisores farão jus a uma remuneração de R$ 4 mil.
3.500 contratados – O último processo seletivo para vagas temporárias no órgão foi aberto em 2009 e ofereceu 3.500 chances de agente de pesquisas e mapeamento em todo o Brasil. O vencimento pago aos servidores correspondia a R$ 700 para uma jornada semanal de 40 horas, com direito a auxílios transporte e alimentação, férias e 13º salário.
A organizadora da seleção também foi a Consulplan e a taxa de inscrição custou R$ 16,20 (cargo de nível médio).
Flávio Fernandes/SP
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IBGE
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição:
Não definido
Cargos:
Não definido
Áreas de Atuação:
Não definido
Escolaridade: Ensino Médio
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão
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