Remuneração inicial consistirá em R$ 4.203 para 20h semanais. Prefeitura garante edital em 2013, mas não antecipa especialidades que serão exigidas
A comoção na opinião pública a respeito da escassez de médicos nos hospitais públicos talvez esteja por trás da mudança de foco promovida pela administração municipal em relação à política de contratações para a área da saúde da cidade de São Paulo.
A hipótese não é reconhecida abertamente pela assessoria de comunicação da Prefeitura, mas é um fantasma bastante visível após alguns reajustes realizados pela administração em relação à previsão de abrir 1.000 vagas, para diversos cargos e em todos os níveis de escolaridade, para a área da saúde em 2013.
A primeira vez que esse concurso de “grande proporção” nas palavras do secretário municipal da saúde José de Filippi Júnior foi aventado foi em abril, durante evento na Câmara Municipal.
O JC&E pôs-se, então, a peneirar informações em relação ao concurso. Averiguou-se que o concurso estava devidamente autorizado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e o edital deveria ser publicado em algum momento entre junho e setembro deste ano.
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Essa era a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em abril que, segundo informado à reportagem, realizava naquele momento levantamento interno para apurar quais os cargos deveriam constar do edital, o número de vagas necessário para cada um deles e a distribuição pelas diferentes unidades básicas de saúde do município.
Ainda em abril, a SMS autorizou a realização de processo seletivo simplificado para a contratação de até 2.915 agentes públicos para as unidades da Autarquia Hospitalar Municipal. Consultada pela reportagem, a SMS informou que se tratava de contratações temporárias e excepcionais para preenchimento até que os efetivos, ou seja, aqueles provenientes de concurso público, assumissem.
Em junho, Filippi Júnior se reunia assiduamente com o Conselho Municipal de Saúde, composto por coordenadores, superintendentes e pela chefe de gabinete Cida Perez para, entre outras coisas, elaborar um novo plano de carreiras para o servidores da saúde municipal de São Paulo.
Segundo o secretário, o concurso só aconteceria depois de aprovado este plano de carreira que ainda deveria ser submetido à apreciação da Câmara Municipal.
Ritmo acelerado de contratações
Na última semana, a prefeitura iniciou processo seletivo simplificado, com base em análise curricular, para a contratação temporária de 1.286 vagas para médicos por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS), modelo de parceria adotado pela administração com entidades sem fins lucrativos para a gestão de unidades de saúde. Não obstante, segue contratando, via processo seletivo simplificado, para cargos de níveis médio e fundamental, tais como técnico em enfermagem.
Novamente acionada pela reportagem do JC&E, a SMS não respondeu formalmente aos questionamentos a respeito da mudança de rumo na seleção para profissionais na área da saúde, mas confirmou a expectativa de abrir, ainda em 2013, concursos públicos para o preenchimento de 2.450 vagas de médicos na Rede de Atenção Básica e na Autarquia Hospitalar Municipal.
De acordo com a prefeitura, esses concursos terão validade de um ano e remuneração inicial de R$ 4.203,13 para jornadas de 20h semanais.
Todo esse cenário se completa com a informação da Prefeitura, disponibilizada em seu endereço eletrônico (www.prefeitura.sp.gov.br), de que São Paulo já se inscreveu no programa Mais Médicos do governo federal, solicitando à União a presença de 158 médicos – limite máximo permitido pelo edital do programa no momento. Os profissionais deverão trabalhar em 82 Unidades Básicas de Saúde da capital.
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Prefeitura
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição:
Não definido
Cargos:
Não definido
Áreas de Atuação: Administrativa,
Saúde
Escolaridade: Ensino Médio,
Ensino Superior
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão
Estados com Vagas: SP
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