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Antes da prova, que tal uma tequila?

Você com certeza já ouviu que o rendimento de um candidato depende de seu estado emocional, que quanto mais relaxado, melhor o resultado. Este não é o caso de Patrícia, conheça a história dela!

Redação
Publicado em 11/03/2011, às 15h54

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Você com certeza já ouviu que o rendimento de um candidato depende de seu estado emocional, que quanto mais relaxado, melhor o resultado. E é possível que até entenda o sentido dessa orientação, mas ache a meio difícil de ser atingida. Conseguir alcançar essa postura zen pode mesmo ser complicado, mas talvez a história de Patrícia Louise Affonso Guimarães, de 33 anos, o inspire um pouco.

Ela foi aprovada em um concurso do Banco do Brasil, aos 22 anos, quando ainda morava em Blumenau (SC). Como era seu primeiro concurso, Patrícia não fez cursinho preparatório para as provas, mas tinha um hobby curioso que, certamente, ajudou bastante no desempenho dela no exame: exercícios de matemática. “Antes do meu primeiro vestibular, minha família tinha uma pastelaria no shopping. Quando eu tinha folga no meu trabalho lá, fazia os exercícios de um livro que eu tinha. Adoro matemática”, contou.

Mas voltemos ao dia da prova. Na véspera, Patrícia estava em dúvida quanto a fazer a prova e aproveitou a noite para sair e beber com os amigos. E até que chegou cedo em casa: às 8h da manhã. Estava exausta e ainda não muito sóbria. “Minha mãe perguntou se eu não iria fazer a prova e eu disse que não por causa do meu estado. Daí ela me falou para eu ir nem que fosse para compensar o dinheiro da taxa de inscrição”, disse. Acordou ao meio-dia, sentindo-se culpada por desistir tão facilmente e decidiu ir. “Não estava esperando nada porque eu estava quase bêbada. Quando saiu o resultado, nem fui ver e a irmã de uma amiga é que me contou que eu passei em 130º lugar”, lembrou ela. Ainda incrédula, Patrícia pegou um ônibus e foi conferir pessoalmente a lista de aprovados. Ela foi convocada na terceira chamada.

A prova seguinte de Patrícia foi para o vestibular de economia. Ela havia optado pelo curso porque o banco oferecia bolsa para os servidores. “Peguei uma gripe e acordei com 40ºC de febre, mal conseguia andar. Tomei uns remédios, nem conseguia falar o meu nome, mas resolvi tentar. E passei”, lembra rindo. Outro vestibular que entrou para a lista de causos de Patrícia foi o exame para uma reconhecida universidade particular paulista. Por saber do alto grau de exigência da instituição, ela resolveu prestar mais para conhecer o tipo da prova. Depois de uma noite bebendo tequila, foi levada pelo namorado ao local do exame. Conquistou o primeiro lugar entre os aprovados e só não se matriculou porque o curso era caro para suas posses. 

“As pessoas não acreditavam porque fui fazer o concurso bêbada e passei. Fui fazer o vestibular doente e passei. Eu não me estresso com prova. Acho que a chave para você conseguir fazer uma boa prova para qualquer coisa é estar relaxado, senão o cérebro trava”, resume  Patrícia.

A fórmula ainda lhe rendeu uma aprovação raspando na USP (Universidade de São Paulo) em letras e o 19º lugar na Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Santos (SP) no curso de processamento de dados. Apesar do alto índice de acerto, a técnica não é infalível. Ao prestar concurso para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região (SP), não passou. Patrícia diz que foi muito mal na prova porque nunca havia tido contato com a legislação específica cobrada pelo exame. “Isso não mudou a minha postura. Eu não sabia nada de direito, conhecia conceitos muito básicos ainda do tempo da faculdade de economia. Fui porque tentar não tira pedaço, mas já sabia de antemão que não iria passar”, avaliou.

Para Patrícia, gostar de estudar, de ler e ter uma boa capacidade de aprender em sala de aula são os seus diferenciais. “Estudar, pra mim, é uma coisa natural e gostosa. Acho que é justamente por isso que não me estresso com provas. Tem gente que fica nervoso, tem branco, mas comigo isso não acontece”, observa. Uma de suas técnicas é ler com o máximo de atenção a prova inteira antes de começar a responder. “Assim já dá pra tirar boa parte das respostas”, diz.

Morando em São Vicente (SP) com o marido, a bancária hoje está em vias de pedir exoneração do Banco do Brasil. Quer um trabalho que lhe permita obter mais satisfação pessoal. Para isso, pretende prestar novo vestibular na Fatec de Santos, desta vez para algum curso relacionado ao desenvolvimento de tecnologia para a internet. “A ideia é trabalhar em uma empresa de grande porte como Google, Microsoft ou IBM”, revelou. Um brinde do JC&E à mais essa conquista.

Aline Viana

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