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O que perdi e deixei de fazer

“Quando você retira da sua vida atividades que lhe dão prazer, satisfação e lhe gratificam de algum modo, você perde uma conexão fundamental, que é com você mesmo”

Redação
Publicado em 17/09/2013, às 13h36

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Luiza Ricotta

Dentre os desafios vivenciados pelos candidatos à carreira pública está o de não se deixar “ficar bitolado”, referência aos que abrem mão “da vida por inteiro” para dar lugar a uma vida de sacrifício, isolamento e distanciamento de todas as demais atividades que lhe gratificam.  

Frequente é o caso de concurseiros que se perdem na dose, na gestão do seu próprio progresso e acabam emperrando – e até mesmo “empacando” – em imbróglios emocionais.

Como estão diante da carreira solo, conquista individual que depende de seus esforços, encontram nas dificuldades existentes um percurso de desafio e provações com relação a suas competências. Não administrando bem a sua vida como um todo, passam a viver nas limitações a expressão do erro, fracasso e derrota. E, se essas limitações não forem vistas como oportunidade de ter contato com aprendizados significativos, não conseguirão se direcionar no aprimoramento constante que faz parte da sua realidade. Não alavancarão para outro estágio.

Quando você retira da sua vida atividades que lhe dão prazer, satisfação e lhe gratificam de algum modo, que lhe oferecem um significado especial, você perde uma conexão fundamental, que é com você mesmo. Com isso, o projeto da aprovação fica capenga, pois a pessoa envolvida neste processo está “torturada e mutilada” (de forma simbólica) ao cortar tudo o que não é estudo.

Pode parecer curioso falar dessa forma com vocês, mas é verdade! Todos aqueles que ficaram bitolados, arregimentaram forças de tensão em torno da sua vida, ficaram intolerantes, pseudofocados, imaginando que sua escalada é cheia de renúncias e sacrifícios que logo mais a frente lhe tirarão a saúde psíquica, física, social, cultural, emocional e intelectual.

O que leva um candidato a conquistar a excelência é percorrer sua trajetória amadurecendo e tornando sua execução consistente, sem que com isso precise abrir mão de ser quem é. O fato é que a preparação é um período importante para todos aqueles que desejam se tornar profissionais da esfera pública. Neste percurso, o concurseiro irá aprender muito sobre si mesmo, explorando pequenos resultados, importantíssimos.

É preciso compreender que a carreira começou muito antes de você ingressar e que todo esse investimento e expectativa pela conquista estão lhe propiciando conhecer limites e alcances, bem como utilizar bem o tempo, ter uma vida saudável, organizada e estruturada. Além de apreciar o conhecimento e com isso tornar-se uma pessoa melhor, que se utiliza do intelecto para pensar suas ações e fazer boas escolhas.  

A vida bitolada de um candidato não permite isso, pois ele fica envolvido em um mundinho tão reduzido que a baixa autoestima, ansiedade, medo da reprovação, desânimo, instabilidade e dúvidas da sua capacidade ganham espaço no seu dia a dia. E isso não permite que ele seja um candidato de excelência e tome posse do cargo almejado com estrutura para dar conta de ser um funcionário público de qualidade, ético, responsável, comprometido e com autoconhecimento.

Luiza Ricotta é psicóloga e professora em cursos de pós-graduação e preparatórios para a carreira pública. É especializada no atendimento a concurseiros, tendo desenvolvido e criado a “Preparação emocional do candidato”. É autora de livros, entre eles: “Preparação emocional em concursos: equilíbrio e excelência”. Ministra o curso “Preparação emocional” na Área VIP do JC&E: www.jcconcursos.com.br/vip. E-mail: luizaricotta@hotmail.com. Twitter: @luizaricotta. www.facebook.com/LuizaRicottaConsultoriaEmPerformance.
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