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Conhecendo seu campo de batalha

Na preparação para concursos é fundamental que o candidato conheça os modelos de prova que enfrentará

Redação
Publicado em 18/10/2012, às 13h36

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William Douglas

Se você está na fila da aprovação, há algum tempo ou recentemente, uma das coisas importantes na preparação para concursos é conhecer bastante o seu campo de batalha, ou seja, os modelos de prova que está prestes a enfrentar.

Cada banca organizadora possui seu estilo. Porém, antes de discutir essas características, é necessário saber o básico sobre a realização das provas. E para isso é preciso conhecer os três principais tipos: objetivas de múltipla escolha, dissertativas e orais.

Começando pela de múltipla escolha, que é muito utilizada nas primeiras fases dos concursos: trata-se de uma prova que seleciona os candidatos com nível de conhecimento semelhante, tornando a disputa, na segunda fase, mais equilibrada.Na maioria dos casos, aborda os aspectos mais relevantes dos assuntos, sem se aprofundar muito.

Como fazer? Primeiramente, dê uma “olhada geral” na prova, passe pelas perguntas sem se preocupar com as respostas. Essa vista inicial é para saber o tamanho das questões, assuntos abordados, quais são as matérias e sua disposição na prova. Não faça deste um momento de desespero informando ao seu cérebro se você sabe ou não aquele assunto. A seguir, comece a resolver as questões. 

Depois, leia a prova novamente. Na primeira vez, você vai responder e assinalar as questões em que tem dúvida. Na segunda, volte às que o deixaram em dúvida e repense um pouco.

Reserve um tempo razoável no final da sua prova para a marcação do cartão de respostas; isso evitará que você vá e venha e perca o ritmo. Para não se perder, utilize a folha de prova como régua.

Dica final: se for chutar questões, faça-o conscientemente. Procure saber se a prova é do tipo em que uma questão errada anula uma certa. Nesses casos, nem sempre o chute é vantajoso. E não mude de opinião no último segundo: a resposta que você marca mais intuitivamente pode ser a correta.

Passando às provas dissertativas, que normalmente são as específicas dos concursos. É a hora de o candidato mostrar seus conhecimentos e, portanto, o momento em que ele deve escrever mais, respeitando, evidentemente, a pertinência e o número de linhas. O texto, tendo ele um ou cinco parágrafos, deve ter início, desenvolvimento e conclusão, além de sustentar o seu argumento.

Como fazer? Para não se perder, anote os tópicos referentes a cada uma de suas respostas. Organize-os logicamente. Faça um roteiro da resposta. Controle bem o espaço que foi destinado para aquela questão. Reduza o tamanho das letras e utilize siglas, se necessário. O que importa é respeitar o direcionamento. Assim, se a questão pede cinco linhas, não passe das cinco linhas.

Dica final: seja objetivo. Não encha suas respostas de devaneios, vá direto ao ponto. Lembre-se que a banca vai corrigir muitas provas e a sua pode não ser uma das primeiras. Cuide para tampouco ser telegráfico, sua prova não é Twitter.

Por último, passemos às provas orais, mais raras. Elas podem ser do tipo entrevista ou prova de tribuna e é eliminatória na maioria dos concursos jurídicos. São provas que, mais do que avaliar o conteúdo, medem como você o apresenta. Essencialmente, é uma avaliação de sua postura e de sua segurança ao falar.

Como fazer? Preste muita atenção às perguntas; é essencial que você responda ao que foi proposto pela banca. Responda de modo simples e claro – a projeção de voz é importante. Não tente enrolar o examinador. Caso você não saiba especificamente um assunto, fale sobre os conceitos básicos que norteiam seus princípios.

A prova não é corrida de 100 metros, portanto, fale com calma e pausadamente. Utilize bem o seu tempo: se sentir que ainda tem condições, dê exemplos e faça conexões, mas cuidado para não fugir do tema. Uma forma de ganhar tempo é pedir, educadamente, para a banca repetir a pergunta, mas esta é uma estratégia que não deve ser repetida com frequência.

Dica final: jamais encerre sua fala com a frase: “Era tudo o que eu tinha a dizer”. Além de diminuir sua exposição, ela demonstra insegurança.

Estabelecidos os tipos de prova, mãos à obra! Faça exercícios de todos os tipos e treine seus conhecimentos. Uma boa sugestão é usar colegas ou sua família como examinadores, treinando para sua banca e ativando seus conhecimentos.

William Douglas é juiz federal, professor universitário, professor exclusivo da Rede LFG, palestrante e autor de mais de 40 obras, dentre elas o best-seller “Como Passar em Provas e Concursos” – www.williamdouglas.com.br. Acompanhe-o nas redes sociais: @site_wd, /PaginaWilliamDouglas (Facebook) e /sitewilliamdouglas(Youtube).

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