O professor Júlio Raizer, do curso AlfaCon dá algumas dicas importantes de como a atual crise político-econômica brasileira pode ser cobrada nas provas de concursos públicos
Operação Lava Jato. Carne Fraca. Joesley Batista. Nos últimos dias estes passaram a ser alguns dos termos mais citados nas redes sociais, conversas informais e até mesmo em sites de busca. A atual crise política pela qual o pais tem passado, bem como o momento de dificuldade econômica, intrinsecamente ligado com o contexto político, tem se tornado a tônica dos noticiários brasileiros e até mesmo pela imprensa internacional. Por isto, não deve passar despercebido por quem almeja ingressar no funcionalismo público, uma vez que a atual situação político-econômica brasileira tende a ser um dos assuntos mais abordados nas questões de atualidades dos mais diversos concursos públicos, no decorrer dos próximos meses. Neste sentido, para auxiliar na preparação dos candidatos, o Jornal dos Concursos ouviu o professor Júlio Raizer, do curso preparatório AlfaCon, que dá algumas dicas importantes sobre o tema para os candidatos.
De acordo com o professor, uma coisa que os candidatos devem ter em mente em relação a como estes tópicos devem ser abordados nas provas é que a tendência é de que sejam cobrados de forma contextualizada. “As bancas organizadoras são mais brandas do que as discussões das redes sociais e do que a mídia em geral“, diz. “Por este motivo, creio que a cobrança da atual conjuntura política seja explícita, mas comedida nas provas de concursos.Acredito que as questões deverão ser elaboradas abordando apenas as linhas mais gerais dos últimos acontecimentos, sem grandes aprofundamentos ou em muitos detalhes”, diz.
Quanto aos pontos do atual contexto político-econômico que tendem a ser mais cobrados no exame, o professor destaca que os candidatos devem atentar principalmente ao que se refere à Operação Lava Jato. “A Operação Lava Jato já consta na matéria de atualidades há pelo menos três anos. Os nomes recentemente envolvidos na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, também tendem a aparecer, uma vez que são nomes relevantes e se tornaram de grande importância para a política nacional”, ressalta.
Em relação ao momento de incerteza no futuro político brasileiro, bem como em relação ao atual presidente Michel Temer, Raizer acredita que as questões de atualidades deverão ser elaboradas principalmente no tom da própria notícia. “Por exemplo. No primeiro semestre de 2017, o então presidente Michel Temer teve seu nome envolvido num escândalo político que teve origem na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS”.
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Quanto ao atual momento, o candidato deve atentar, segundo ele, à gravidade das delações,que devem ser bastante exploradas nos concursos. “São denúncias pesadas e muito sérias, que realmente comprometem a estabilidade do governo. Vários pedidos de impeachment já foram protocolados e agora cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é aliado de Temer, aceitar ou não cada pedido. Caso seja aceito,passaremos pelas mesmas etapas pelas quais passou o pedido da ex-presidente Dilma. Vale lembrar, porém, que dia 6 de junho será iniciado, no Tribunal Superior Eleitoral o julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer, protocolado pelo PSDB logo após as eleições de 2014. Este também é um fator importante, que exige atenção dos candidatos”, ressalta.
Outros temas polêmicos e que estão em pauta do atual cenário político-econômico brasileiro são as reformas trabalhista e da Previdência.“Sempre que cobram reformas em discussão, as bancas citam linhas gerais, como por exemplo: “A reforma da Previdência, amplamente discutida nos meios de comunicação, trouxe pontos como...”. Ou então “Uma das principais mudanças apresentadas pela reforma trabalhista foi....”. De acordo com o professor,“para não perder tempo, o candidato deve ter ciência de que essas reformas estão em discussão, mas não precisam se ater a detalhes, uma vez que ainda poderão sofrer alterações”.
Para finalizar, em relação ao atual momento de instabilidade econômica pelo qual o país tem passado, o professor adverte que isto deve ser visto como uma consequência da crise política. “Por isto mesmo, é diferente das outras crises pelas quais já passamos”, reforça. “Em relação aos desdobramentos, caso o afastamento do presidente acontecesse, as provas cobrariam de uma forma geral também. É importante ter em mente que as provas cobram somente os fatos e nunca deverão abordar possibilidades de acontecimentos”, conclui.
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