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EAD ajuda deficientes físicos nos estudos

Portadores de necessidades especiais encontram na educação a distância uma maneira de driblar as dificuldades de mobilidade urbana

Redação
Publicado em 04/01/2013, às 13h06

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Estudar em casa tem se tornado cada vez mais comum. Muitas pessoas buscam na Educação a Distância (EAD) uma oportunidade de ganhar tempo e melhorar seu rendimento em exames para concurso ou vestibular. Para pessoas com deficiência, que normalmente enfrentam dificuldades de locomoção devido à falta de infraestrutura em praticamente todas as cidades do país, a modalidade é forte aliada na otimização dos estudos.

O analista de sistemas Guilherme Armond Côrtes de Araújo, de 54 anos, é aluno do curso de nível superior em administração e destaca as vantagens de estudar a distância. “A possibilidade de ajustar os horários de estudo à minha disponibilidade de tempo está entre as maiores vantagens. Também não preciso me deslocar de casa para a escola, o que representa uma economia de tempo e dinheiro que, no meu caso, praticamente inviabilizaria participar do curso”, comenta Araújo, que é tetraplégico desde 1993, vítima de acidente de automóvel.

Para que os estudos sejam realmente produtivos, o analista ressalta que é preciso muita força de vontade. “Os cursos na modalidade EAD são inviáveis para quem não tem autodisciplina para realizar tarefas sozinho. É necessário estudar de três a quatro horas diariamente”, conta o mineiro de Além Paraíba, município do interior de Minas Gerais.

Também tetraplégico decorrente de um acidente no trânsito, o carioca Ricardo Gonzalez Rocha Souza, de 31 anos, viu na modalidade EAD uma oportunidade para realizar seu sonho: formar-se em ciências biológicas. Ele conta que os benefícios da educação a distância são vários. “Otimização do tempo, flexibilidade e autonomia nos estudos. Muito importante para quem, por motivos de distância, trabalho ou outra dificuldade, não tem condições de frequentar diariamente uma universidade”, diz.

Além de novos métodos de estudos, tanto Ricardo quanto Guilherme valorizam o custo-benefício da modalidade. “Sem a menor dúvida, vale a pena. Hoje em dia, o custo elevado e principalmente o tempo gasto para se deslocar entre casa, trabalho e escola, inviabiliza a participação de muitas pessoas em treinamentos. Assim fica bem mais fácil e barato”, destaca Guilherme. Já o biólogo prevê longevidade para a EAD. “O ensino semi-presencial e a distância é uma ferramenta do mundo moderno digital, essencial para a ampliação das oportunidades de inserção no mundo acadêmico e profissional e veio para ficar”, afirma.
A ausência de interação com outros alunos não é sentida pelos entrevistados. “Meus professores e também os colegas estão sempre presentes através dos chats, fóruns e e-mails. Não sinto falta”, revela o mineiro. “A falta de contato presencial é diminuída pela interatividade do mundo virtual, por isso a participação e frequência nos fóruns e atividades em grupo são essenciais”, completa Ricardo.

Para obter sucesso na EAD é necessário manter um ritmo de estudos com bastante determinação, alerta o analista de sistemas. “Mantenho uma rotina diária e sigo o calendário escolar. Quando tenho algum atraso compenso no fim de semana de maneira a não acumular matéria”, explica. Ricardo dá dicas aos leitores ressaltando que a disciplina é fundamental. “A programação deve ser rigorosa no sentido de estudar pelo menos duas horas todos os dias. Do contrário, o acúmulo de matéria e tarefas se torna um problema”, encerra.

Douglas Terenciano/SP

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