Governador João Doria apresentou um projeto de reestruturação das carreiras docentes, com reajustes graduais até 2022
Fernando Cezar Alves | fernando@jcconcursos.com.br
Publicado em 14/11/2019, às 12h20 - Atualizado às 14h58
O governador João Doria, juntamente com o secretário estadual de educação, Rosieli Soares, apresentou, na última quarta-feira, 13 de novembro, as diretrizes de um novo plano de reestruturação da carreira de professores da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP). A proposta prevê aumentos gradativos na remuneração dos docentes, com um reajuste de 54% de aumento até 2022. Agora, o projeto deve ser enviado para apreciação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). “Sem educação, não há transformação. Podemos melhorar os indicadores econômicos e sociais, mas, se não melhorarmos a educação, não teremos a transformação e o Brasil jamais será uma nação independente, sólida, com cidadania e respeitabilidade, tanto no plano interno como no internacional”, disse o governador.
A principal mudança é que o salário inicial da carreira, que hoje é de R$ 2.585, no regime de 40 horas semanais, a partir de 2020 passará a ser de R$ 3.500, o que representa um aumento de R$ 35,4% sobre o valor atual. Em 2022, um professor com a mesma carga horária terá salário inicial de R$ 4 mil, garantindo um aumento de R$ 54,7 % em relação à remuneração atual. Desta forma, o salário do docente, no final da carreira, poderá chegar a R$ 11 mil. Além disso, professores com mestrado e doutorado serão valorizados e terão acréscimo de 5% a 10% , respectivamente.
De acordo com informações do órgão, a proposta de modernização tem como referência boas práticas nacionais e internacionais, como Cingapura, Austrália e província de Ontário, no Canadá. Ressaltam que esses países adotam carreiras baseadas no desenvolvimento de competência e no mérito e adotam marcos referenciais de atuação docente.
Mesmo com a reestruturação da carreira, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) conta com grande necessidade de servidores. De acordo com o último levantamento funcional, divulgado em 30 de abril de 2019, tendo como base até 31 de dezembro de 2018, a pasta já contava com nada menos do que 78.705 vagas em aberto somente para PEB II. De um quadro total de 187156 postos, apenas 118.451 estavam preenchidos, na ocasião.
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Em 21 de agosto de 2018, o então governador Márcio França chegou a autorizar um novo concurso para o cargo, para o preenchimento de nada menos do que 15 mil vagas. No entanto, ao assumir o governo, Doria determinou a suspensão dos preparativos autorizados pela gestão anterior que ainda não contassem com editais publicados. Como no estado de São Paulo o prazo de validade das autorizações do Executivo é de um ano, o prazo do aval do novo certame expirou e agora depende de novo parecer por parte do governo.
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