De acordo com as entidades de classe, devido a perdas acumuladas nos últimos anos, o reajuste do governo federal deveria ser de 13,5%
No último dia 16 de fevereiro,o secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho do Governo Federal, Sérgio Eduardo Aburlu Mendonça, apresentou uma proposta de reajuste ao funcionalismo público federal. De acordo com ofício, a previsão seria de 7,8% na atual remuneração do funcionalismo, já a partir de 1 de março de 2023. No entanto, após análise dos termos apresentados pelo governo, entidades representativas do funcionalismo apresentaram, na última sexta-feira, 24 de fevereiro, uma contraproposta, por meio de ofício encaminhado ao secretário de gestão.
De acordo com as entidades, o reajuste oferecido pelo governo está muito aquém das perdas no poder aquisitivo da categoria, acumuladas no decorrer dos último anos. Por isto, cobram uma revisão de 13,5 % ao Governo Federal.
O documento, elaborado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) cobra, ainda, revisão do auxílio-alimentação com base na variação do IPCA, de 2016 a 2026, equiparando o benefício aos demais poderes.
A proposta apresentada pelo governo prevê reajuste do auxílio-alimentação dos atuais R$ 458 para R$ 658, em um aumento real de 43,6%.
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Uma nova reunião está marcada para ocorrer na próxima terça-feira, dia 28 de fevereiro. “Os servidores estão muito ansiosos aguardando o desfecho dessa negociação, que nós esperamos que não se estenda além de meados de março”, disse o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.
Ofício FONACATE/SG n° 04/2023
Brasília, 24 de fevereiro de 2023
Ao Senhor
SÉRGIO EDUARDO ARBULU MENDONÇA
Secretário de Gestão Pessoas e Relações de Trabalho Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos Brasília/DF
Assunto: Ofício SEI nº 4410/2023/MGI – CONTRAPROPOSTA.
Senhor Secretário,
1. Ao cumprimentá-lo, as entidades de classe de âmbito do Poder Executivo Federal que compõem o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado – FONACATE, em atenção ao Ofício SEI nº 4410/2023/MGI, de 16/02/23, sobre a proposta de reajuste salarial emergencial e do auxílio-alimentação para 2023, apresentam as seguintes contrapropostas:
a) Considerando que o percentual de 7,8% está muito aquém das perdas acumuladas nos últimos anos, propomos que o governo eleve sua oferta para 13,5 % a partir do mês de março próximo;
b) Sem deixar de reconhecer o esforço feito para reajustar o auxílio-alimentação pela variação do IPCA desde 2016, propomos que o governo inclua no acordo o compromisso de equiparação de todos os benefícios com demais Poderes até ao final de 2026.
2. Diante do exposto, reiteramos a necessidade de reajuste salarial emergencial aos servidores públicos federais e nos colocamos à disposição para o diálogo.
3. Antecipadamente, agradecemos.
Atenciosamente,
RUDINEI MARQUES
Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado
Presidente da FENAUD – Federação Nacional de Auditores de Controle Interno Público
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