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Matérias específicas exigem comprometimento

Esta característica deve parte do currículo dos candidatos que almejam passar em um concurso.

Redação
Publicado em 05/01/2009, às 15h02

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A disputa por um cargo no funcionalismo público federal, estadual ou municipal vai muito além dos requisitos exigidos no edital. Comprometimento com a profissão e pró-atividade devem fazer parte do currículo dos candidatos que desejam passar em concursos e serem nomeados para a função.

Segundo o professor Vivaldo Pereira, em 1998, a Administração Pública passou pela Reforma Administrativa* e foi necessário que os concursos também passassem a exigir mais dos candidatos, já que o objetivo da Reforma era exatamente que o Estado cumprisse com os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e, principalmente, da Eficiência. Ou seja, menos burocracia e mais transparência em prol da sociedade.

Como conseqüência, ao longo dos anos, matérias que abordam Código de Defesa do Consumidor, Técnicas de Atendimento, Atualidades, Noções de Economia, além dos conhecimentos específicos para cada área e provas práticas começaram a integrar os editais dos concursos, independente do nível de escolaridade exigido.

“O objetivo de inserir algumas matérias específicas é para você conseguir trabalhar com aquelas pessoas que estão mais comprometidas com um objetivo, com as atribuições do cargo. A matéria de Atendimento, por exemplo, a idéia é fidelizar clientes. Então você precisa saber do seu papel com o objetivo maior da empresa”, explica o professor.

Estabilidade X Identificação
Pereira afirma que, assim como na esfera privada, aqueles que almejam por uma carreira pública devem se identificar com a área escolhida. Na maioria das vezes, são esses candidatos que terão maior desempenho nas provas por conhecerem as especificidades das matérias e por gostar daquilo que estudam.

As matérias específicas funcionam como um primeiro filtro entre aqueles candidatos que apenas buscam a estabilidade e aqueles que realmente estão focados e interessados no cargo pretendido. “Nisso daí você já começa a eliminar os ‘pára-quedistas’, as pessoas que visam só estabilidade. Hoje, a estabilidade é legal, é bem-vinda, mas não é só isso que o candidato tem que procurar. Ele tem que ter uma integração com a área de atuação para crescer e se desenvolver”.

Para o professor, aqueles candidatos que optam por uma área na qual não têm nenhum conhecimento podem não se tornar competitivos. “Ele [candidato] vai ficar na expectativa e não vai conseguir [passar no concurso]. Procure alguma coisa na sua área, tanto na carreira privada quanto na pública e aí você vai se interessar por aquelas matérias específicas. Esse que vai ter dificuldade fica no meio do caminho”.

Apesar de concordar com a idéia de que as pessoas são capazes de se adaptar a diferentes circunstâncias, o professor diz que aqueles que optam por uma área desconhecida podem levar um tempo a mais para alcançar os objetivos profissionais e pessoais. “As pessoas se adaptam, mas vai demorar um pouco mais. Então o projeto deste candidato vai ter que ser de médio a longo prazo. Se quiser alguma coisa de curto-médio prazo, ele vai ter que focar uma área e se dedicar a ela, e, de preferência, uma que ele já tenha aptidão na carreira privada.”

Veja as dicas de estudo do professor Vivaldo Pereira

* Apelido dado à emenda constitucional nº 19, que modificou diversos artigos da Constituição referentes ao funcionalismo público.


Juliana Pronunciati/SP

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