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A cada cinco pessoas, uma já sofreu algum tipo de assédio no trabalho

A pesquisa sobre assédio no trabalho foi feita com mais de 75 mil pessoas de todo o mundo e em 121 países

Poucas pessoas conseguem falar sobre o assédio sofrido
Poucas pessoas conseguem falar sobre o assédio sofrido - Freepik
Victoria Batalha

Victoria Batalha

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 20/01/2023, às 08h04 - Atualizado às 08h13

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Já esteve em alguma situação que sofreu assédio no trabalho ou presenciou? De acordo com uma pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com a Lloyd’s Register Foundation (LFR) e Gallup mostrou que a cada cinco profissionais, um já sofreu algum tipo de assédio ou violência no trabalho, seja físico, sexual ou psicológico.

O estudo foi chamado de “Experiências de Violência e Assédio no Trabalho: Primeira Pesquisa Mundial” e oferece uma visão extensa sobre o problema de maneira diferente. Além disso, é analisado o que leve uma vítima a não falar sobre o tema e sua experiência, como a vergonha, culpa e falta de confiança na instituição. 

O estudo foi divulgado em dezembro de 2022 e foi feito com entrevistas feitas em 2021, com quase 75 mil pessoas que possuíam mais de 15 anos e em 121 países e territórios. 

Vergonha de falar sobre o assunto

Segundo o relatório, a violência e assédio no trabalho são difíceis de mensurar. Apenas metade das vítimas já contaram suas experiências para outras pessoas e isso aconteceu apenas depois de sofrerem mais um episódio de assédio. 

As razões porque as pessoas se recusam a falar sobre isso são diversos, sendo “perda de tempo” ou “medo pela reputação” os motivos mais comuns. Porém, a pesquisa destacou que 60,7% das mulheres são mais propensas a falar sobre o assunto enquanto apenas 50,1% dos homens tocam no assunto.

Em todo o mundo, 17,9% dos profissionais, sejam homens ou mulheres, disseram já terem sido vítimas de algum tipo de violência e assédio psicológico durante a sua carreira. 8,5% responderam ter sofrido violência e assédio, sendo que os homens foram em maior número. Já as mulheres, 6,3% foram as que mais sofreram violência e assédio sexual.

Segunda a análise, as mulheres jovens são mais propensas a serem afetadas por essa situação em relação aos homens jovens. Principalmente se as mulheres forem migrantes, esse número pode ser dobrado. Além disso, as mulheres migrantes não costumam denunciar a violência e assédio sexual. 

Outro ponto levantado é que das cinco vítimas, três disseram que já sofreram violência e assédio no trabalho mais de uma vez e que o incidente mais recente aconteceu nos últimos cinco anos.

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