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Portador de deficiência ou doente?

Hoje entrarei num assunto extremamente delicado, pois sei o quanto a classe de portadores de necessidades.

Redação
Publicado em 24/08/2009, às 09h58

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* Profº. Edison Andrades

“Pela legislação do Ministério do Trabalho, empresas com mais de um mil funcionários são obrigados a terem pelo menos 5% de deficientes em seu quadro de funcionários. Há, inclusive, multa prevista de cinco mil reais para cada funcionário deficiente que as companhias deixarem de contratar. Segundo estimativas, menos de 2% dos deficientes físicos no país têm segundo grau completo.” (Guia de Empregos)

Hoje entrarei num assunto extremamente delicado, pois sei o quanto a classe de portadores de necessidades especiais (PNE) sofre num país inapto quanto à adequação de infra-estrutura, transporte e fatores sócio-culturais ao atendimento de pessoas nesta condição, mas prefiro partir para outro caminho um pouco mais saudável que as linhas anteriores: o profissional.

Independe das condições e imposição da lei em relação ao nicho de trabalhadores acima citado. Desejo comentar sobre a performance em si, ou seja, as atividades exercidas dentro da organização,  e não os fatores externos.

Quero informar que nosso trabalhador, seja ele portador de alguma necessidade especial, ou não, deverá trazer bons resultados para um empresa, pois esta vive e se mantêm destes resultados. No entanto não há prestação de favores a ninguém, muito menos “esmolas”, estão neste negócio.

O que quero deixar muito claro é que existe um contrato legal de trabalho e um acordo moral de atitudes que permearão ambos os lados (trabalhador e empresa). Com isso, nada deve ser alterado nas relações, pois se a organização tiver em sua missão um comportamento social e filantrópico ao admitir um PNE, correrá um grande risco em não conseguir produzir  de forma competitiva e consequentemente ser engolida pelos concorrentes. O mesmo ocorre com o trabalhador, que inclui-se na posição de alguém que está ali simplesmente por um ato de piedade da empresa, não crescerá e terá o mesmo destino da massa de acomodados e estagnados que conhecemos. Nossos trabalhadores na condição de PNE são tão capazes como quaisquer outros, basta haver uma sensibilidade e competência por parte do RH em admitir um colaborador nesta condição que possua codições hábeis para executar a tarefa a que lhe foi designada.

Presenciei casos em que o trabalhador (PNE) possuia manias e comportamentos típicos de quem pensa estar estável numa função apenas por possuir uma “desvantagem-social”, sendo que na realidade a auto-piedade não é saudável para nenhum lado, principalmente para quem a hospeda.

Muitas organizações também partem para um conceito apenas social e acaba tolerando certos comportamentos nocivos à rotina interna, com isso perdem clientes, afetam o clima organizacional e consequentemente perdem mercado.

Certa vez presenciei, em uma companhia, um investimento altíssimo em contratação de deficientes auditivos, no entanto uma encarregada de RH era a mentora do projeto, porém o grupo de colaboradores daquela condição, possuia um comportamento péssimo, no que tange ao desenvolvimento das tarefas solicitadas, pois eram fofoqueiros (faziam rodinhas para matar serviço), negligenciavam as normas internas (com a desculpa de não compreendê-las) e tratavam muito mal os clientes externos, com performance agressiva e demasiadamente caricatas. Mas o problema maior estava na relação que a mentora do projeto possuia com eles, pois ao invés de profissionalizá-los cometeu o que chamo de crime profissional, “Maternalizou” a relação, ou seja, era a mamãe deles. Resultado: todos foram demitidos, inclusive a “mamãe”. E a empresa ficou resistente a outros projetos, preferindo inclusive bancar multas para não se submeter ao desgaste novamente.

Caro leitor, lembre-se que para o mercado de trabalho não deve existir deficiência, e sim responsabilidade, auto-investimento, motivação e sobretudo profissionalismo, porque, como clientes, reconhecemos os esforços e responsabilidade social,  mas no final o que impera mesmo é a QUALIDADE, e esta vem da eficiência humana, a qual está ao alcance de todos, inclusive daqueles que o mundo prefere chamar de deficientes, aliás, muitas vezes são destes que recebemos as “melhores fatias”.

Ah! E nunca esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Nosso espaço:

Agradeço à minha grande amiga, leitora assídua e eficiente Nádia Cabral, pela indicação do tema.

Envie sua mensagem para nosso blog:  blog.jcconcursos.uol.com.br/professoredison ,

ou para o e-mail:  edison.andrades@terra.com.br  . Terei imenso prazer em recebê-la.

Grande abraço.

* Profº Edison Andrades é Psicólogo - Especialista em desenvolvimento profissional e aconselhamento de carreira (Counseling); MBA; Escritor (autor do livro: Como Perder o Emprego (com competência)- Giz editorial); ex-Diretor de RH. É professor universitário atuando nas áreas de Administração e Marketing. Como consultor e palestrante atua em algumas das principais empresas nacionais e multinacionais do país. É palestrante e instrutor organizacional há mais de dez anos, onde destaca-se devido sua performance teatral, motivacional e irreverente ao transmitir conhecimentos. Marque uma consulta e conheça sua metodologia. contatos:  e-mail: edison.andrades@terra.com.br;  site: www.edisonandrades.com.br.

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