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Ideias sem causas, causas sem ideias

Mas alguns mercados ainda estão vivendo no tempo do “três em um”. E pior, alguns colaboradores no tempo do arco e flecha. São gestores com metodologias velhas, reclamando do comportamento das novas gerações

Edison Andrades
Publicado em 10/10/2014, às 10h42

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O ser humano sempre gostou de conectar. Na era da caça, havia o arco e a flecha, pois, para lançar um, o outro era necessário. Na era das máquinas, surgem as engrenagens, todas conectadas entre si. Os tempos vão se modernizando, e resolvemos misturar um pouco mais. Surgem os “vários em um”. “Dois em Um” (aparelhos que conseguiam unir rádio e toca-fitas, olhe só!). Mas vamos avançar? “Três em Um” (acrescente um toca-discos aí). E assim segue a humanidade.

Por volta da década de 1970, surge, no Brasil, com mais veemência, um aparelho chamado “computador”, que era apenas para computar, ou seja, calcular ou contar. Embora a calculadora já existisse, descobriu-se que se podiam armazenar mais dados além dos números. Que tal letras também? Embora poucos soubessem manuseá-lo, ainda assim era praticável, já que informações diversas poderiam ser guardadas e localizadas.

Na mesma época, por volta de 1972, lançaram um “cara” acima de todos nós que vigiava e também armazenava alguns dados. Calma, não estou falando de Deus, mas do satélite. Estático, mas com um potencial imenso de revolucionar o mundo. Esse cara precisava apenas de um parceiro aqui na terra, e esse parceiro já existia, mas também ainda era um vulcão adormecido: o computador. Que tal apresentá-los?

Em pouco mais de vinte anos, instala-se a grande revolução chamada INTERNET. Deixamos de ser off-line e nos tornamos on-line. Simples de entender: éramos linhas desligadas e agora estamos em redes (de alta tensão). Não há mais para onde escapar, pois o mundo se conecta em velocidade superior à da luz, o tempo todo. A conexão se tornou o segundo oxigênio vital para nossa subsistência. O ser humano mudou vertiginosamente.

Mas alguns mercados ainda estão vivendo no tempo do “três em um”. E pior, alguns colaboradores no tempo do arco e flecha. São gestores com metodologias velhas, reclamando do comportamento das novas gerações. É a velha guarda organizacional com seus métodos fordistas. E do outro lado? Pessoas flutuando num mundo tão pouco físico. Alguns flutuam tanto que tiram seus pés da realidade.

O maior desafio das empresas não está em desenvolver seus colaboradores, mas em retê-los. Eles estão em rede. E em rede são mais fortes. Vão embora das empresas juntos! Compartilham ideias, ideais, perdas e ganhos. Ganhos de velocidade na informação, perdas de seus valores e suas identidades. As redes proporcionando o palco para que todos possam brilhar e, por conseguinte, pessoas corrompendo suas almas pelo estrelato. Uma revolução de ideias sem causa, e causas sem ideias.

Quem se conectar sem se corromper, vai avançar! E isso não é tão difícil assim. É apenas preciso enxergar oportunidades no caos. Quem está se dando bem são os velhos atualizados e informatizados (nativos analógicos que funcionam), bem como jovens assíduos e responsáveis (nativos digitais que se modelam). É apenas uma questão de conectar uma geração à outra. Simples, mas para poucos!


Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Prof. Edison Andrades é palestrante e sócio da Reciclare Treinamentos. Facebook.com/professor.edison.andrades

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