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Tempo de compartilhar

Artigo do professor Edison Andrades.

Redação
Publicado em 11/01/2013, às 11h47

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É sempre assim. Final de ano, festas, Natal, e um espírito de solidariedade toma conta da humanidade. Somos mais sensíveis, amáveis, tolerantes, pacientes, gentis nessa época. São inúmeras as características boas que surgem, indubitavelmente, de nosso próprio “eu” nesses momentos.

O ser humano é dotado de um alto poder de mutação. Muda conforme os tempos, sua condição social, seu nível de felicidade e interesse próprio. Conseguimos julgar com facilidade um crime bárbaro, mas, no momento seguinte, transformamo-nos em verdadeiros “fuziladores”, com nossas palavras homicidas de vingança, muitas vezes proferidas contra nossos próprios entes!

No mundo presencial, por vezes, esquecemo-nos de agradecer as coisas fundamentais que nos são ofertadas a todo o momento: alimento, saúde, família, amigos etc. Já no mundo virtual, esquecemo-nos de compartilhar sabedoria, amor, fraternidade, benignidade. Preferimos compartilhar fotos engraçadas, sexo, críticas políticas, frases vazias e muitas abreviações. Tudo bem... isso também faz parte da vida.

Temos motivos de sobra para boas festas. Somos um país quase autossustentável, com uma economia em processo de evolução, um clima tropicalíssimo para todos os gostos, uma liberdade de expressão quase incontrolável etc. Agora estamos de volta à realidade, pois um novo ano começa. Ainda meio vazio, mas aguardando que venhamos a preenchê-lo. Minha dúvida é: com o que o preencheremos? Cada vez mais as redes sociais fazem parte de nossa vida, somos hoje seres socialmente virtuais. Mas o que faremos com essa oportunidade?

É, antes de tudo, uma oportunidade de se projetar em qualquer mercado, pois deixamos de ser leitores passivos e nos tornamos críticos, autores e proliferadores de conteúdos diversificados. Conteúdos que nem precisam ser nossos, pois é tempo de compartilhar e, o que meu semelhante produz, passa a ser meu. Basta que eu compactue. Os tais direitos autorais começam a perder força e passamos a pensar em rede. O conteúdo que está na rede é de quem o acessar. Somos agentes transportadores, e não mais apenas consumidores. As informações estão disponíveis para todos; nós mesmos somos informação!

O cidadão comum vira celebridade, a celebridade se torna expectador, o tímido mostra sua cara, o criativo se torna campeão de acessos, e todos estão aí, vivendo e conquistando seus pódios. Creio que vivemos uma nova revolução. Mas segundo o Professor Gil Giardelli, a revolução não é tecnológica, mas de valores morais e sociais. Concordo!

Por estarmos tão expostos, tudo fica enorme, inclusive a imbecilidade. Portanto, que venha a “era do compartilhar”, mas que saibamos empregá-la na elevação dos princípios éticos e da integridade; caso contrário, seremos apenas uma geração conectada à internet e desconectada do real sentido da vida: a evolução.

Prof. Edison Andrades é palestrante e sócio da Reciclare Consultoria e Treinamento.

e-mail: edison@reciclareconsultoria.com.br

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