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Feedback:fala quem manda, ouve quem tem juízo

Já recebeu seu “feedback”, hoje?

Redação
Publicado em 02/03/2009, às 09h33

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* Profº. Edison Andrades

Já recebeu seu “feedback”, hoje?

Quem não gosta de saber como anda seu desempenho, para então se aprimorar cada vez mais? Mas parece que quanto mais se fala em avaliação do desempenho humano, mais os “lideres” fogem disso!! Por que será?

O ser humano é carente de acompanhamento por natureza, pois não sei se já observou, mas até mesmo um bebê, quando realiza algo, dá aquela olhadinha para seus pais, num instintivo ato de receber um pequeno reforço, apesar de vir a repreensão, em muitos casos! Mesmo assim, continua sua atitude para outras ações.

Quando crescemos um pouco, obtemos um hábito de atordoar nossos pais e avós, dizendo: “Olha, pai!! Olha só!! Viu?? Viu??” Portanto, chego a conclusão que todos somos naturalmente necessitados de feedback!

A palavra “feedback” é inclusive difícil ser traduzida, pois significa: Retorno. É muito usada para quando queremos dar um parecer sobre alguém ou sobre o desempenho de uma determinada função, ou quando desejamos expor o que achamos da performance desenvolvida por alguém ou por alguma coisa. É uma ferramenta de extrema importância, pois o que seria de nós se nunca tivéssemos recebido um feedback sobre nossas tarefas? Talvez nunca iríamos melhorar, ou quem sabe nunca descobriríamos no que realmente somos bons.

Saiba que aqueles colaboradores medianos, muitas vezes os são, por falta de feedback, mas não estou falando apenas do feedback empresarial, me refiro da importância deste retorno já dentro de nosso convívio familiar. Como se faz importante os pais, por exemplo, monitorarem seus filhos e frequentemente  situá-los guiando seus passos, avaliando e compartilhando suas vitórias e derrotas, aprendendo com os erros deles, reforçando os pontos positivos e consequentemente fornecendo diretrizes claras para o futuro de seus filhos.

Muitos jovens, estão perdidos em seus afazeres pessoais e profissionais devido a falta de feedback. Em muitos lares, o único ponto comum a todos é a chave da porta. SIM, as pessoas apenas possuem afinidade ao usarem a mesma fechadura da porta, pois  no restante não se comunicam, não se entrosam e não se relacionam.

Quando ingressam no mercado de trabalho e se deparam com comportamentos semelhantes a estes citados acima, continuam sem diretrizes, sem perspectivas, e o que mais lamento é que muitas vezes existe um grande potencial, mas até o presente momento ninguém tem a competência para descobrir. Me refiro, inclusive ao próprio indivíduo, pois antes de alguém descobrir seu talento, o mesmo deve passar por você. Com a falta de estímulos e acompanhamento, o sujeito permite deixar adormecer seu talento, julgando-se apenas mais um em meio a multidão.

Até agora mencionei sobre a ausência do feedback  e sua repercussão. Agora desejo destacar a presença deste e suas perigosas consequências. Vamos lá?

Levanta a mão, quem já foi anunciado pelo microfone da empresa, de forma urgentíssima e ao chegar lá foi surpreendido com um grande elogio? UÉ!! PARECE QUE APENAS ALGUNS ERGUERAM O BRAÇO!!

Esta é outra triste realidade: A forma e ocasião que se aplica um feedback! Infelizmente as empresas aplicam feedback em três ocasiões:

Para cumprir tabela: é quando a empresa possui por cultura e procedimento, preencher uma planilha cheia de notas e conceitos, onde será analisada por uma auditoria. Na realidade, a maioria das auditorias não auditam  a veracidade do feedback, mas seu preenchimento. Pois o processo se torna mais importante que a qualidade das pessoas.

Para chamar a atenção: este acontece quando o funcionário é flagrado cometendo algo irregular, ainda que inconsciente, então é chamado as pressas para ser orientado. O pior é que estes feedbacks são aplicados em público, pois parece que o avaliador está recebendo um troféu, por ter localizado um problema. Deixo aqui uma ressalva: É preciso sim, chamar e corrigir o erro, mas não precisa expor e humilhar seu colaborador. Se precisar repassar a informação correta aos outros, não há necessidade em mencionar o nome do infrator. Lembre-se: Crítica se aplica individualmente; Elogio, em público!

Para alcançar a meta: este acontece nos últimos dias do mês, onde ainda falta um determinado número de vendas a ser realizado, então, fica todo mundo em cima dos agentes, cobrando-os e pressionando-os. Desta forma, usam a ferramenta do feedback como “desculpa” para impulsionarem as vendas. Caros avaliadores, este trabalho (feedback) tem seu resultado a médio e longo prazo, pois devido uma seqüência de diretrizes é que o colaborador irá se aperfeiçoando.

A arte de aplicar um feedback requer muito mais que apenas pontuar onde e como o avaliado poderá melhorar. Mas, precisa motivar, equilibrar e trazer resultados tangíveis.

Este assunto é tão importante que desejo continuá-lo na próxima semana, onde trarei o passo-a-passo de um feedback bem aplicado. Falaremos sobre o ambiente, o rapport, a abordagem, o desenvolvimento e o grande final. Conto com você. Até lá!

 Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

* Profº Edison Andrades é Psicólogo - Especialista em desenvolvimento profissional e aconselhamento de carreira (Counseling); MBA; Escritor (autor do livro: Como Perder o Emprego (com competência)- Giz editorial); ex-Diretor de RH. É professor universitário atuando nas áreas de Administração e Marketing. Como consultor e palestrante atua em algumas das principais empresas nacionais e multinacionais do país. É palestrante e instrutor organizacional há mais de dez anos, onde destaca-se devido sua performance teatral, motivacional e irreverente ao transmitir conhecimentos. Marque uma consulta e conheça sua metodologia. contatos:  e-mail: edison.andrades@terra.com.br;  site: www.edisonandrades.com.br.
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