Saiba como o Brasil se tornou um centro de entrega de tecnologia para empresas estrangeiras que buscam serviços de TI de qualidade, custo-benefício e proximidade cultural
Trabalhar para uma empresa de outro país sem precisar se mudar era algo raro há alguns anos. Com a evolução da tecnologia e a mudança de mindset corporativo no pós-pandemia, essa possibilidade não só existe, como vem se tornando cada vez mais comum e atrativa.
Essa é a proposta do nearshore, termo em inglês para “perto da costa”, muito utilizado pelas empresas de tecnologia, que consiste na terceirização de serviços de TI para países estrangeiros que compartilham características semelhantes, aproveitando-se de aspectos culturais e fusos horários similares.
Segundo Jorge Cruz, diretor de IT da Adecco, uma das verticais do Grupo Adecco, líder mundial em soluções de RH, o Brasil está se tornando um importante IT delivery center, ou seja, um centro de entrega de tecnologia, provendo profissionais para demandas vindas de fora do país. “Somos hoje uma opção relevante, não apenas para as empresas prestadoras de serviços de TI, mas também para grandes multinacionais, dos mais diversos setores da economia”, afirma.
O diretor explica que isso se deve aos diferenciais que os profissionais brasileiros têm a oferecer. “Na Adecco, começamos a perceber que o nearshore é muito atraente pela taxa cambial, que possibilita que os custos locais em reais, quando convertidos para dólares, consigam ser ainda muitas vezes atrativos, especialmente quando comparados aos custos de profissionais residentes nos Estados Unidos e Europa”.
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Outra vantagem do nearshore é o fuso horário brasileiro, que é conveniente para operações nos horários da Europa Ocidental e da América do Norte. “Mesmo que o serviço tenha de ser prestado durante o horário comercial do cliente, o período entre 6h e 22h, no horário brasileiro, é capaz de cobrir, sendo conveniente para ambos”, diz Cruz.
Além dos benefícios para as empresas contratantes, o nearshore também representa uma oportunidade para os profissionais de TI brasileiros, que podem fazer um intercâmbio cultural e ter a experiência de uma empresa internacional no currículo. “Oportunidades de fazer parte de times globais alocados em projetos de clientes no exterior costumam atrair aqueles que buscam esse tipo de experiência e o aperfeiçoamento de uma língua estrangeira, geralmente o inglês”, conta o diretor.
Ele ressalta ainda que a flexibilidade e a adaptabilidade dos brasileiros facilitam a integração dos profissionais em times globais e contribuem para sua contratação. “Os brasileiros são conhecidos por sua capacidade de se adaptar a diferentes cenários, culturas e desafios, o que é muito valorizado pelas empresas que buscam profissionais de TI para seus projetos nearshore”, conclui.
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