Novo salário mínimo está em vigor: R$ 1320. Veja detalhes

Todo início de ano surgem novas mudanças e em 2023 não é diferente. Entrou em vigor no dia 1º de janeiro o novo valor do salário mínimo, que agora será de R$ 1.320. Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o reajuste como maneira de compensar a desvalorização do Real em relação à inflação. Em 2022, o salário mínimo era de R$ 1.121.

O antigo governo de Jair Bolsonaro propôs o valor de R$ 1.302, porém, durante os debates no Congresso Nacional, a Consultoria de Orçamento do Senado destacou que esse valor seria apenas suficiente para repor as perdas inflacionários da época, o que não representa nenhum ganho para quem tem forte de renda ligada ao salário mínimo.

Dessa forma, os deputados federais e senadores aprovaram o Orçamento Geral da União, com um salário mínimo de R$ 1.320. O reajuste de 2,7% de ganho real, que é superior à inflação de 2022, vai aumentar as despesas federais em cerca de R$ 6,8 bilhões. Isso acontece por causa das aposentadorias administradas pelo instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos diversos benefícios trabalhistas e sociais, como o abono do PIS/PASEP, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BCP), que o valor está ligado ao piso nacional.

Política de Valorização do Salário Mínimo

As centrais sindicais reivindicavam que o Governo Federal retornasse com a Política de Valorização do Salário Mínimo, de acordo com o temos de 2007, que foi parou de ser realizado em 2019.

Com isso, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.342, o que contemplaria a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que no ano passado atingiu 5,8%, o que era maior que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, que era de 4,6%.

Porém, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em novembro do ano passado, o salário mínimo deveria ser em torno de R$ 6.575,30 para poder suprir as necessidades básicas como alimentação, moradia, educação, higiene, transporte, lazer, previdência e vestuário para uma família de quatro pessoas.

** Este texto contém informações da Agência Brasil