Com o avanço do trabalho presencial, o home office vem sendo cada vez mais reduzido. Entenda as razões por trás dessa tendência e seus impactos
Nos últimos anos, o home office, que se popularizou durante a pandemia de Covid-19, vem sendo cada vez mais deixado de lado pelas empresas. De acordo com Pedro Signorelli, especialista em gestão com ênfase em OKR, muitas companhias têm exigido o retorno dos funcionários ao escritório, seja em modelo híbrido ou totalmente presencial.
Mas quais são as razões por trás dessa mudança?
Segundo Signorelli, um dos principais motivos para a retomada do trabalho presencial é a busca por maior interação entre as equipes e o aumento da produtividade.
"O home office muitas vezes abre margem para distrações e falta de foco. No escritório, há uma maior supervisão e um ambiente mais propício para a colaboração", aponta o especialista.
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Essa tendência também se reflete no mercado de trabalho. Signorelli destaca que, atualmente, as oportunidades de emprego remoto são cada vez mais raras em plataformas como LinkedIn e Gupy. "As vagas presenciais estão crescendo, e a tendência é que esse movimento continue", observa.
O especialista também ressalta que há um problema de confiança entre empregadores e funcionários.
"Infelizmente, algumas pessoas não sabem trabalhar de forma autônoma e acabam comprometendo a credibilidade do home office. Isso faz com que as empresas optem por trazer todos de volta ao escritório", explica.
Por outro lado, Signorelli critica o despreparo de muitas lideranças em gerenciar equipes remotas. "Muitos gestores recorrem ao microgerenciamento, querendo monitorar cada passo do colaborador, o que torna o trabalho desgastante para ambas as partes."
A volta ao presencial pode trazer desafios tanto para as empresas quanto para os profissionais. Signorelli alerta que essa mudança pode resultar na perda de talentos, especialmente daqueles que moram longe e enfrentam altos custos com transporte. "Se o custo do deslocamento não compensar, muitos irão buscar oportunidades mais flexíveis."
Além disso, estudos apontam que o home office pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, reduzindo o tempo gasto com deslocamento e permitindo uma rotina mais equilibrada.
"Esse tempo extra pode ser utilizado para descanso, exercícios físicos ou outras atividades essenciais para o bem-estar", destaca o especialista.
Para Signorelli, a melhor alternativa seria um modelo híbrido equilibrado. "Não adianta chamar de trabalho híbrido se o presencial for exigido quatro dias por semana e o remoto apenas um", alerta.
O especialista reforça que tanto empresas quanto colaboradores precisam se adaptar.
"As organizações devem desenvolver estratégias para incluir e liderar equipes remotas de forma eficiente, enquanto os funcionários devem manter a responsabilidade e a produtividade, independentemente do local de trabalho", conclui.
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