Uma pesquisa do Infojobs revelou que a maioria das pessoas mudaria de emprego por questões de saúde mental ou satisfação no trabalho
A saúde mental é um tema cada vez mais relevante na sociedade e no mundo corporativo. Segundo uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH, 86% das pessoas mudariam de emprego por questões de saúde mental ou satisfação no trabalho.
O estudo também mostrou que 61% dos respondentes não se sentem felizes no trabalho e que 76% já precisaram ou conhecem alguém que precisou se afastar das atividades profissionais por razões psicológicas.
A pesquisa do Infojobs revelou que o equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional é uma prioridade para grande parte das pessoas. No entanto, muitas empresas ainda não entendem a importância de desenvolver uma cultura organizacional que valorize o bem-estar e a felicidade dos colaboradores.
Com isso, elas sofrem para reter talentos e enfrentam problemas de produtividade, engajamento e clima organizacional.
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Um dos pontos que chamou a atenção na pesquisa foi que 86% dos participantes acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos colaboradores. Esse número é quatro pontos percentuais maior do que o registrado no ano anterior, o que indica uma crescente insatisfação com as políticas corporativas nessa área.
“Mais do que nunca precisamos olhar para as políticas corporativas em prol da saúde mental com mais atenção”, enfatiza Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.
Ela aponta algumas razões para a falta de preparo das empresas, como o estigma que ainda existe em torno da saúde mental, os recursos limitados e a cultura organizacional inadequada.
De acordo com a pesquisa, 75% dos participantes afirmam que na empresa em que trabalham ou trabalharam recentemente, não existem ações e suporte para temas relacionados à saúde mental. Entre os 25% que afirmaram que existem, as ações mais citadas foram: suporte com psicólogos (47%), canal de escuta ativa (36%) e RH atento aos sinais dos colaboradores (34%).
Para Ana Paula Prado, a tecnologia é uma das ferramentas que pode ajudar as empresas a medir a eficácia das ações e suportes para a saúde mental dos colaboradores.
“Devemos partir do princípio que cada colaborador tem uma necessidade individual. Então, além de lideranças e um RH preparado para entender e criar estratégias específicas, também é preciso entender como acontece o progresso. Avaliar as métricas é fundamental para observar os pontos a serem melhorados e também para justificar o investimento no funcionário”, conclui.
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