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Trabalhar nos EUA: quais as diferenças em relação ao Brasil?

Descubra as principais diferenças entre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e do Brasil, como a liberdade contratual, pagamento semanal e mais

Trabalhar nos EUA: quais as diferenças em relação ao Brasil?
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 10/09/2024, às 17h28

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O mercado de trabalho nos Estados Unidos continua em expansão, com o número de novas vagas chegando a 142 mil em agosto de 2024, segundo o relatório de emprego (payroll) divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Esse aumento em comparação às 114 mil vagas de julho reforça o vigor da maior economia mundial, com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em US$ 26,95 trilhões.

De acordo com Gustavo Rene Nicolau, Mestre em Direito pela Universidade de São Paulo e pela Universidade de Chicago, os EUA são extremamente atrativos para profissionais qualificados.

Para pessoas bem capacitadas, são as empresas que competem por bons empregados e não o contrário”, afirma o especialista, que também é sócio do escritório de imigração Green Card US. Em 2023, o escritório observou um aumento de 40% nos pedidos de Green Card, o visto de residência e trabalho permanente.

Se você está considerando trabalhar nos EUA, é importante conhecer as principais diferenças entre o modelo de trabalho norte-americano e o brasileiro. Abaixo, o advogado Gustavo Nicolau lista alguns dos aspectos mais importantes.

1. Liberdade contratual

Nos Estados Unidos, a legislação trabalhista é bem diferente da brasileira. A constituição americana foca na liberdade contratual, dando maior autonomia para empresas e funcionários decidirem suas condições de trabalho.

Ao contrário do Brasil, não há obrigatoriedade de benefícios como plano de saúde, Fundo de Garantia ou seguro-desemprego. No entanto, a competitividade por profissionais qualificados faz com que muitas empresas ofereçam benefícios atraentes, como planos de saúde e previdência complementar.

Apesar dessa liberdade, existem marcos regulatórios, como o salário mínimo, que varia de estado para estado, e a jornada de trabalho máxima de 40 horas semanais. 

2. Exames de saúde não são exigidos

Enquanto no Brasil exames de saúde admissionais e demissionais são obrigatórios, nos Estados Unidos não há essa exigência. Isso torna o processo de contratação e demissão mais flexível e ágil, facilitando a movimentação no mercado de trabalho.

3. Pagamento semanal

Uma diferença marcante é a regularidade do pagamento. Enquanto no Brasil os salários são pagos mensalmente, nos EUA é comum que os trabalhadores recebam semanalmente, geralmente às sextas-feiras.

Os trabalhadores com ensino médio completo ou menos geralmente recebem por hora, o que permite uma remuneração flexível. Por exemplo, na Califórnia, o salário mínimo por hora é de 16 dólares, resultando em 640 dólares por semana e cerca de 2,88 mil dólares por mês.

4. Visto beneficia toda a família

Uma vez aprovado o visto ou o Green Card, o cônjuge e os filhos menores de 21 anos também são automaticamente beneficiados. Além disso, cinco anos após a obtenção do Green Card, toda a família pode solicitar a cidadania americana. Vale ressaltar que, para essa finalidade, união estável não é reconhecida nos EUA.

5. Profissionais de qualquer idade

Nos Estados Unidos, não há limite de idade para solicitar um visto de trabalho ou Green Card. 

“Já aprovamos green cards para profissionais de até 74 anos. Desde que a pessoa atenda aos pré-requisitos, a idade não é um impedimento”, explica Gustavo.

Oportunidade para profissionais qualificados

O mercado de trabalho americano é conhecido por sua alta demanda por profissionais nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), além de oferecer uma estrutura de trabalho mais flexível em comparação ao Brasil.

O crescente número de pedidos de imigração e Green Cards, segundo Gustavo Nicolau, reflete a contínua busca de empresas americanas por talentos globais, que podem ajudar a manter sua posição de liderança no cenário econômico mundial.

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