Vagas em formato home office estão ficando cada vez mais escassas, diz pesquisa

A proporção de vagas anunciadas e de contratações 100% remotas (home office) realizadas por meio da plataforma Gupy, especializada em recrutamento e seleção, atingiu seu menor patamar desde o início da pandemia de Covid-19, de acordo com uma pesquisa da LCA Consultores.

O estudo, que não revela números totais para proteger os dados da plataforma, apresenta os resultados com base no aumento percentual desses índices em relação a 2019.

Segundo o levantamento, os anúncios de vagas totalmente remotas cresceram 6,3% em novembro de 2020 e 9% em novembro de 2021, comparados à média de 2019. O pico de crescimento ocorreu em agosto de 2021, com um aumento de 11,1%. Em novembro de 2022 e 2023, o crescimento foi de 5,3% e 1,6%, respectivamente. Já em 2024, o aumento foi de apenas 0,5% em relação a 2019, o menor desde o início da pandemia.

Isso indica que, embora o número de vagas 100% remotas na Gupy ainda esteja acima da média pré-pandemia de 2019, há uma tendência de queda desde 2022, com as empresas retornando a esquemas híbridos e presenciais de trabalho. O economista Bruno Imaizumi, responsável pela pesquisa, resume que essa mudança reflete a adaptação das empresas ao novo normal.

A tendência é semelhante nas contratações efetivadas pela plataforma. Elas aumentaram 5,5% em novembro de 2020 e 9,3% em novembro de 2021, comparadas à média de 2019. Em novembro de 2022, o crescimento foi de 4,5%, caindo para 1,5% em 2023. Em 2024, o aumento foi de apenas 0,9%, o menor registrado desde o início da pandemia. O maior aumento foi observado em janeiro de 2021, com 15,1%.

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Outras evidências do retorno ao presencial

O retorno dos funcionários a esquemas híbridos e presenciais também é evidenciado pela criação de empregos formais em serviços relacionados à utilização de espaços comerciais, necessários para o funcionamento das empresas, conforme aponta Imaizumi. Outro levantamento da LCA, com dados do Caged, mostra um ritmo elevado de contratações em atividades de portaria, limpeza, apoio administrativo, manutenção e segurança.

Além disso, o economista destaca o aumento no número de passageiros em transportes públicos nas grandes cidades nos últimos anos, após uma queda expressiva a partir de março de 2020. Esse aumento está diretamente relacionado ao retorno dos trabalhadores ao serviço presencial.

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Jornalista especializado em produção de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com experiência em redação e edição de texto.

Formação em Ciências Sociais pela FFLCH-USP e graduado em jornalismo pela FAM, com cursos livres nas áreas de políticas públicas, economia e finanças.

Começou como estagiário no JC Concursos, mas também acumula experiências como redator na agência de comunicação Neto Angel. Além já atuou como editor na Serasa, Eu Quero Investir e Torcedores.com.